Celebramos mais um culto abençoado na Igreja Verbo da Vida Arcoverde nesta manhã de domingo. Reunidos em graça com o Senhor os presentes prestaram adoração e rendição ao Pai com cânticos de louvor e palavras de adoração.
Nesta ministração demos continuidade a nossa série “Doutrinas básicas” através da palavra trazida pelo Pr. Miquéias Soares com o tema: O Ofício Pastoral. Inicialmente evidenciou-se não só a importância de entender o ofício pastoral, mas também a importância da cooperação das “ovelhas”, pois como corpo de Cristo devemos agir em unidade.
Em primeira análise, colocamos em pauta o cuidado de um pastor. “E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores, querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo; até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo, Para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente” (Efésios 4:11-14). Nesta passagem o apóstolo Paulo fala sobre os cinco dons ministeriais e dentre eles o pastoral, indicando o funcionamento, como será e para quê.
De maneira análoga a isto, Cristo possuía os cinco dons ministeriais e era nominado de diversas formas, como: Mestre, Profeta, Evangelista, Messias e O Bom Pastor. Cristo também distribuiu dons para os homens, e os ensinou sobre eles. Devemos ter ciência de que os dons ministeriais nos são concedidos por Deus antes mesmo de nascermos e é algo irrevogável e íntimo, assim, possuímos um propósito que se aflora e ganha sentido quando nascemos de novo em Cristo, pois quando Ele habita em nosso interior somos guiados pela Sua graça. Enfatiza-se nossa importância como Igreja quando temos convicção do nosso chamado. Ou seja, os dons do ministério ainda estão operantes em nosso meio e precisamos nos atentar para isso.
Dessa forma, todos estamos numa trajetória para alcançar o conhecimento pleno, um processo que ainda está em movimento e enfatizando o agir desses dons em nosso meio. O Ofício Pastoral é algo mais específico e que deve ter um olhar mais cuidadoso, pois, pelo contato mais direto com as pessoas o pastor não deve deixar que seus pensamentos e sentimentos interfiram no aconselhamento ou direcionamento, ou seja, sem deixar que o dom se torne algo carnal. Para isso, é necessário que aquele que recebeu o dom pastoral se mantenha firme na Palavra, revigorando-se nela todos os dias e sendo cheio do Espírito Santo e da graça do Senhor constantemente, pois com a manutenção correta esse ofício tenderá a crescer e se mostrar de maneira reta.
Todos os dons dão frutos, e muitas vezes é justamente por esses frutos que enxergamos o nosso propósito. Mas sobre o Ofício Pastoral, existem alguns frutos que são específicos assim como nos outros. “Esta é uma palavra fiel: se alguém deseja o episcopado, excelente obra deseja. Convém, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma mulher, vigilante, sóbrio, honesto, hospitaleiro, apto para ensinar; Não dado ao vinho, não espancador, não cobiçoso de torpe ganância, mas moderado, não contencioso, não avarento; Que governe bem a sua própria casa, tendo seus filhos em sujeição, com toda a modéstia (porque, se alguém não sabe governar a sua própria casa, terá cuidado da igreja de Deus? ); não neófito, para que, ensoberbecendo-se, não caia na condenação do diabo. Convém também que tenha bom testemunho dos que estão de fora, para que não caia em afronta, e no laço do diabo. Da mesma sorte os diáconos sejam honestos, não de língua dobre, não dados a muito vinho, não cobiçosos de torpe ganância; Guardando o mistério da fé numa consciência pura” (1Timóteo 3:1-9).
Estes são alguns requisitos para que esse dom opere plenamente, pois o exemplo deve ser dado por todo o corpo de Cristo, mas a liderança pastoral deve vigiar e examinar suas condutas continuamente para que dê exemplo a suas ovelhas. Uma base para todos os dons ministeriais está no serviço dentro do corpo de Cristo, assim, o coração de um pastor não deve estar voltado para sua posição ou cobiça pessoal, mas sim para as pessoas que podem ser conquistadas para o Senhor. A importância que deve-se dar a ouvir e aconselhar as pessoas quando se tem o ofício pastoral é única e deve ser mantida. Portanto, faz parte de um pastor sua preocupação com a igreja em unidade, sendo presente e atencioso na vida de seus pastorados.
Confiar nas promessas do Senhor é primordial para que um dom se manifeste, incluindo o Ofício Pastoral. Quando nos conectamos com a vontade de Deus tudo corre perfeitamente, e precisamos estar firmes nisto, para que na intimidade com Ele nos seja revelado o propósito. E nesse processo somos capacitados pelo Pai para que cumpramos nosso chamado de maneira excelente, mas não podemos esquecer que se trata se um processo progressivo, portanto não devemos nos entristecer no início na carreira, quando ainda estamos aprendendo a fluir em nosso dom.
É importante que um pastor seja um bom administrador e consciente de como agir com os recursos da Igreja, porém não deve ser o centro, pois o lado espiritual é o que sustenta um bom ministério e um bom Ofício Pastoral. É preciso que um pastor seja amadurecido pelas situações que surgem no cotidiano desse ofício, pelo conhecimento da Palavra e pelo direcionamento do Senhor, para que, consiga direcionar suas ovelhas da melhor maneira possível. E por fim, é necessário que aquele que atua no ofício pastoral esteja conectado com o coração de sua Igreja.