Celebramos mais um culto poderoso em nossa Igreja Verbo da Vida Arcoverde nesta manhã de domingo. Os presentes foram, grandemente edificados e abençoados. Unidos, renderam graças ao Senhor com cânticos de louvor e palavras de adoração.
A ministração da Palavra trazida por Anthony Lins (dando continuidade a nossa série “no que cremos?”) possuía o seguinte tema: Santidade. “E disseram um para o outro: Porventura não ardia em nós o nosso coração quando, pelo caminho, nos falava, e quando nos abria as Escrituras?” (Lucas 24:32). Então, o fogo do Senhor não vem apenas no mover do Espírito Santo, mas também no estudo da Palavra. Palavra essa que nos orienta e nos norteia para vivermos da melhor maneira possível e é no que ela diz que devemos nos firmar.
A bíblia nos ensina que sem a santificação não estaremos com o Senhor. Cremos na doutrina da santificação como uma obra progressiva e definitiva da graça. Mas como algo pode ser progresivo e definitivo ao mesmo tempo? Vejamos, em Hebreus 12:14 está escrito: “Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor[…]”. Através, desta passagem analisamos o seguinte: existe a possibilidade de sermos santos, que isso é algo que exige esforço e que sem santidade não chegamos ao Pai.
O termo “santidade” recebe a nomenclatura de Hagios em grego, que significa: separar. Ao decorrer da Bíblia a palavra “santo” é citada diversas vezes, seja no Antigo ou no Novo Testamento. “Todos os santos vos saúdam, mas principalmente os que são da casa de César” (Filipenses 4:22). “Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de entranhas de misericórdia, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade […]” ( Colossenses 3:12). “Mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver […]” (1 Pedro 1:15). Esses são alguns exemplos do Novo Testamento. Mas quando analisamos o Antigo Testamento vemos que a santidade estava mais associada a uma posição do que a um procedimento. Um exemplo é o povo de Israel, chamado de povo Santo no Antigo Testamento. Assim surge a seguinte dúvida: como pode ser um povo santo se já errou tantas vezes?
Por isso no Antigo Testamento a palavra “santo” estava mais ligada a uma posição instituída e não a um meio de vida. Então entendemos que a santidade se trata também de uma posição, e precisa que a coloquemos em prática com nosso estilo de vida para nos achegarmos ao Pai, ou seja, um procedimento (parte mais interligada com o que vemos no Novo Testamento). Dessa forma, a santidade é uma condição definitiva e progressiva (posição e procedimento).
A respeito da posição de santidade: “Porque o Filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido” (Lucas 19:10). Jesus nos fala estas palavras com a intenção de evidenciar o Seu propósito na Terra para nós. Precisávamos ser salvos do pecado. E quando pensamos sobre “buscar”, associamos a tirar ou mover de algum lugar. Ou seja, a um espaço geográfico. Então o propósito de Cristo era claro: nos salvar e buscar. Lucas ao escrever esta passagem estava fazendo menção a algo que o profeta Ezequiel havia dito anteriormente: “Porque assim diz o Senhor DEUS: Eis que eu, eu mesmo, procurarei pelas minhas ovelhas, e as buscarei. Como o pastor busca o seu rebanho, no dia em que está no meio das suas ovelhas dispersas, assim buscarei as minhas ovelhas; e livrá-las-ei de todos os lugares por onde andam espalhadas, no dia nublado e de escuridão. E tirá-las-ei dos povos, e as congregarei dos países, e as trarei à sua própria terra, e as apascentarei nos montes de Israel, junto aos rios, e em todas as habitações da terra. Em bons pastos as apascentarei, e nos altos montes de Israel será o seu aprisco; ali se deitarão num bom redil, e pastarão em pastos gordos nos montes de Israel. Eu mesmo apascentarei as minhas ovelhas, e eu as farei repousar, diz o Senhor DEUS” (Ezequiel 34:11-15).
Esse texto nos mostra claramente que Cristo viria nos salvar e buscar. Esse “buscar” estava atrelado a seperar, e conquistar novamente uma parte geográfica para o povo de Israel. Além disso, Ele veio também para buscar uma posição que ultrapassa o sentido geográfico: a posição em Cristo. Sendo assim, estamos hoje estabelecidos em Cristo. Então, justamente por não poder salvar a si mesmo, o homem precisava que Cristo viesse e o salvasse. Assim, quando somos nascidos de novo, estamos em Cristo e estamos em posição de santidade.
O procedimento de santidade é algo que deve se manter por toda a nossa vida. Permanecemos renovando a nossa mente para isso. “Pois que? Pecaremos porque não estamos debaixo da lei, mas debaixo da graça? De modo nenhum. Não sabeis vós que a quem vos apresentardes por servos para lhe obedecer, sois servos daquele a quem obedeceis, ou do pecado para a morte, ou da obediência para a justiça? Mas graças a Deus que, tendo sido servos do pecado, obedecestes de coração à forma de doutrina a que fostes entregues. E, libertados do pecado, fostes feitos servos da justiça. Falo como homem, pela fraqueza da vossa carne; pois que, assim como apresentastes os vossos membros para servirem à imundícia, e à maldade para maldade, assim apresentai agora os vossos membros para servirem à justiça para santificação. Porque, quando éreis servos do pecado, estáveis livres da justiça. E que fruto tínheis então das coisas de que agora vos envergonhais? Porque o fim delas é a morte. Mas agora, libertados do pecado, e feitos servos de Deus, tendes o vosso fruto para santificação, e por fim a vida eterna. Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor” (Romanos 6:15:23). A primeira coisa que precisamos fazer para efetivar o procedimento de santificação é nos oferecer a Deus, e isso inclui praticar a obediência. Devemos nos entregar por completo ao Senhor, sendo submissos a obediência o que nos levará a escravidão da justiça que nos levará a santidade. Fomos escravos do pecado, mas hoje em Cristo devemos ser escravo da obediência para que sigamos em santificação com o objetivo de estar com o Pai.