Somos uma fonte a jorrar. A fonte de águas vivas do Espírito transborda na sua casa, no seu lar, na sua família!
“Aconteceu que, ao apertá-lo a multidão para ouvir a palavra de Deus, estava ele junto ao lago de Genesaré; e viu dois barcos junto à praia do lago; mas os pescadores, havendo desembarcado, lavavam as redes. Entrando em um dos barcos, que era o de Simão, pediu-lhe que o afastasse um pouco da praia; e, assentando-se, ensinava do barco as multidões. Quando acabou de falar, disse a Simão: Faze-te ao largo, e lançai as vossas redes para pescar. Respondeu-lhe Simão: Mestre, havendo trabalhado toda a noite, nada apanhamos, mas sob a tua palavra lançarei as redes. Isto fazendo, apanharam grande quantidade de peixes; e rompiam-se-lhes as redes. Então, fizeram sinais aos companheiros do outro barco, para que fossem ajudá-los. E foram e encheram ambos os barcos, a ponto de quase irem a pique” (Lucas 5.1-7).
Mergulhando profundo
Não temos chance de conseguir coisas grandiosas na beira da praia . Se permanecermos nas beiradas, corremos risco de perder tudo o que Jesus providenciou para nós na cruz do calvário. Deus não pagou um alto preço para nós, para que permanecêssemos comendo migalhas. “Migalha” não diz respeito à alimentação, diz respeito a um estilo de vida. Se não formos no profundo de Deus, ficaremos presos na lama. É em um ambiente profundo que Deus vai falar com você. É no profundo que Deus vai te clarear, para que você saiba o rumo que Ele tem para sua vida.
Deus não te criou para permanecer nas beiradas. Temos que ler a palavra. É nela que está traçado o nosso propósito de vida.
Saindo da zona de conforto
“Saiu aquele homem para o oriente, tendo na mão um cordel de medir; mediu mil côvados e me fez passar pelas águas, águas que me davam pelos tornozelos. Mediu mais mil e me fez passar pelas águas, águas que me davam pelos joelhos; mediu mais mil e me fez passar pelas águas, águas que me davam pelos lombos. Mediu ainda outros mil, e era já um rio que eu não podia atravessar, porque as águas tinham crescido, águas que se deviam passar a nado, rio pelo qual não se podia passar. E me disse: Viste isto, filho do homem? Então, me levou e me tornou a trazer à margem do rio. Tendo eu voltado, eis que à margem do rio havia grande abundância de árvores, de um e de outro lado. Então, me disse: Estas águas saem para a região oriental, e descem à campina, e entram no mar Morto, cujas águas ficarão saudáveis. Toda criatura vivente que vive em enxames viverá por onde quer que passe este rio, e haverá muitíssimo peixe, e, aonde chegarem estas águas, tornarão saudáveis as do mar, e tudo viverá por onde quer que passe este rio” (Ezequiel 47.3-9).
Enquanto as águas estão nos joelhos e tornozelos, ainda existe um equilíbrio natural. Precisamos sair desse ambiente de controle natural e confiar na direção de Deus, que só encontramos de modo claro nas profundezas do Reino do Espírito. Toda beirada é sinônimo de perigo. Queremos andar na vontade de Deus. Precisamos buscar a Deus de modo que a vontade d’Ele para nossa vida seja clara.
Não somos deste mundo
O inimigo apresenta algo que, aparentemente, parece maravilhoso. O caminho que dá para morte é largo e extenso e o que dá para vida é estreito e apertado. São poucos os que entram pelo caminho que dá para vida, porque somos tendenciosos a ir pelo caminho mais fácil. Precisamos mergulhar profundamente nos rios que fluem do Espírito. Não somos deste mundo. Não devemos andar com medo. Quem deve estar com medo de nós é o diabo e não o contrário.
“Nisto, veio uma mulher samaritana tirar água. Disse-lhe Jesus: Dá-me de beber. Pois seus discípulos tinham ido à cidade para comprar alimentos. Então, lhe disse a mulher samaritana: Como, sendo tu judeu, pedes de beber a mim, que sou mulher samaritana (porque os judeus não se dão com os samaritanos )? Replicou-lhe Jesus: Se conheceras o dom de Deus e quem é o que te pede: dá-me de beber, tu lhe pedirias, e ele te daria água viva. Respondeu-lhe ela: Senhor, tu não tens com que a tirar, e o poço é fundo; onde, pois, tens a água viva? És tu, porventura, maior do que Jacó, o nosso pai, que nos deu o poço, do qual ele mesmo bebeu, e, bem assim, seus filhos, e seu gado? Afirmou-lhe Jesus: Quem beber desta água tornará a ter sede; aquele, porém, que beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede; pelo contrário, a água que eu lhe der será nele uma fonte a jorrar para a vida eterna” (João 4.7-14).
Uma fonte a jorrar
Nós que nascemos de novo temos uma fonte inesgotável dentro de nós. Do modo natural as coisas não funcionam. A zona de conforto não é um lugar em que o cristão deve estar. A zona de conforto nos leva à morte. Precisamos ser ousados em sair do lugar confortável e dizer “Eis-me aqui, Senhor!”. Ele nos fez para jorrar águas vivas. “Jorrar” significa envolver-se nas coisas de Deus. Se não for para ser útil, é melhor nem se comprometer. Obediência a Deus é confiar na vontade d’Ele, mesmo sem saber o que nos espera.
Ser um cristão é se comprometer para sair da área de tranquilidade. Servimos a um Deus que já sabe do fim das coisas, antes mesmo do começo delas. Não serve de nada uma pregação eloquente, se o seu lar é desordenado. Precisamos levar a sério as coisas de Deus. Deus tem o melhor para nós. Estamos provando todos os dias a graça e a bondade d’Ele. Todos os dias Ele promove milagres que, muitas vezes, nem sabemos que estão acontecendo. Testemunhe o que Deus fez na sua vida. Deus está esperando que seus filhos mergulhem na presença d’Ele com profundidade e desfrutem do melhor que Ele tem.
Uma casa, na perspectiva de Deus não é feita com concreto e tijolos. É feita de amor e de pessoas.
“Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova dentro de mim um espírito inabalável. Não me repulses da tua presença, nem me retires o teu Santo Espírito” (Salmo 51.10-11).
Confie n’Ele!
Quando Jesus ressuscitou, durante os 40 dias que Ele esteve entre os discípulos, o foco da sua ministração era o revestimento pelo Espírito Santo. Quando aceitamos Jesus, reconhecendo que Ele é o filho de Deus e que Ele ressuscitou dentre os mortos, Ele passa a morar dentro de nós. Ter o espírito dentro de nós não significa que Ele está ativo. Por isso precisamos ser revestidos com a evidência de falar em outras línguas.
Smith Wigglesworth disse uma vez: “Se eu estiver em um lugar em que o Espírito de Deus não está se movendo, eu invocarei o mover do Espírito!”
Somos filhos de Deus. A palavra diz que estamos assentados com Cristo à direita de Deus. Isso significa que não podemos ser paralisados pelo medo, porque o maior habita dentro de nós. Precisamos ser essa fonte a jorrar.
“[…] mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra” (Atos 1.8).
Jerusalém, espiritualmente, é a casa de Deus. Somos chamados para ser bons testemunhos em nossa casa. Jesus é a rocha angular que serve de sustentação aos lares, que nos fortalece. Não seremos abalados, pois estamos firmes n’Ele. Tudo tem que começar dentro de casa. Não é de fora para dentro, é de dentro para fora. Só quem preenche o que tem dentro de nós é Jesus!
No rio de Deus podemos mergulhar sem medo. Confiando n’Ele, vivemos o melhor de Deus. Precisamos ser um manancial de Deus por onde nós passarmos. Somos transmissores da vida de Deus!
*Trechos retirados do Culto da Família, no dia 14 de junho de 2023