Vemos a reação prontamente manifesta de Jesus em meio a um povo que estava diante d’Ele em Mateus 9.35-37. Em cada passo que Ele dava, havia um ensino. Hoje vamos aprender que compaixão não é ter pena.
Jesus andava muito e percorria muitos lugares, por isso, somos indesculpáveis, pois Aquele que nos chama é responsável para prover aquilo que precisamos.
“E percorria Jesus todas as cidades e povoados, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do reino e curando toda sorte de doenças e enfermidades. Vendo ele as multidões, compadeceu-se delas, porque estavam aflitas e exaustas como ovelhas que não têm pastor. E, então, se dirigiu a seus discípulos: A seara, na verdade, é grande, mas os trabalhadores são poucos. Rogai, pois, ao Senhor da seara que mande trabalhadores para a sua seara” (Mateus 9.35-37).
Nesta passagem, vemos a compaixão de Jesus. A palavra “compaixão” no dicionário tem a seguinte definição: “Mais do que simplesmente se comover com a dor do outro, é uma emoção que leva você a fazer algo por alguém que tem como consequência melhorar a sua própria vida”.
Ter compaixão não é ter dó. Compaixão mostra respeito a sua dor e age de alguma forma para aliviar ou tirar o sofrimento de outra pessoa. Jesus se compadecia das pessoas, no entanto, na empatia, você se coloca no lugar da outra pessoa. Muitas vezes, as pessoas têm dó dos outros e acabam colocando a culpa no governo ou em outro alguém que possa resolver. Mas a compaixão, não, ela se move! A compaixão tem uma ação!
Jesus viu que a seara era grande, e que os trabalhadores eram poucos. Ele via que as coisas precisavam ser transformadas! Jesus via que as pessoas não podiam ficar enfermas e endemoninhadas sem saber o que o Reino deu para elas. Ele sabia que elas não poderiam ficar na condição de miséria. Por isso, devemos orar.
Manda pessoas comprometidas, Senhor, mas para que elas não somente se movam naquilo, mas também sejam constantes naquilo que vão fazer. No original, a palavra “compaixão” é ser movido pelas entranhas, pois, antigamente, achavam que as entranhas eram a sede do amor e da piedade, significando então que o íntimo de Jesus se mexia com intensidade. Quem se compadece, sabe da dor do outro e não quer que ele continue naquela condição.
“Então Jesus, movido de íntima compaixão, tocou-lhes nos olhos, e logo seus olhos viram; e eles o seguiram” (Mateus 20.34).
Quem tem compaixão se move, e quem ama faz alguma coisa!
“E, Jesus, saindo, viu uma grande multidão, e possuído de íntima compaixão para com ela, curou os seus enfermos” (Mateus 14.14).
Quem tem dó e pena não faz nada, só fala! E quem tem compaixão faz alguma coisa! Compaixão não é empatia, é trazer o céu para a terra. Jesus se compadeceu da viúva, exemplificando que a compaixão traz para alguém uma ação imediata em palavra, gesto ou ato. Jesus olhou para ela, pois sabia do seu sofrimento, e se colocou no seu lugar. Ele disse: “Jovem levanta-te!”.
“Tenho compaixão da multidão, porque há já três dias que estão comigo, e não têm o que comer” (Marcos 8.2).
O que é que vocês vão fazer? Aquele povo estava sedento, estavam com fome e procuraram o que fazer. Jesus rendeu graças e ninguém saiu com fome. Por causa da compaixão de Jesus, ninguém ficou com fome, porque quem se compadece, muda uma história e não deixa a morte reinar dentro de uma lar, mas faz alguma coisa para que a vida se manifeste dentro de uma casa.
O que Ele quer é que todos sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da Verdade: que Jesus veio à terra salvar e dar vida abundante, Ele não trouxe sofrimento, Ele trouxe paz, alegria e vida eterna. Ele tinha a certeza que passaríamos por momentos difíceis, mas que não permaneceríamos neles.
Então, quanto mais nós temos a certeza, mais veremos o que a Palavra diz. Devemos entender que não somos capazes de fazer nada sem a capacitação do Espírito. Jesus andou por toda parte, e ninguém que passou por Ele ficou do mesmo jeito. E o que é maravilhoso é que Ele está em você, então, quem passar por você não ficará do mesmo jeito.
Muitas vezes, entramos em alguns lugares e achamos que na nossa força iremos resolver alguma coisa, mas aqueles que não reconheceram a unção de Jesus, não puderam participar daquilo que Ele tinha para eles. Quanto mais nós temos nosso coração envolvido e submerso nas coisas do Pai, mais iremos depender d’Ele, e quanto mais nos movermos naquilo que Ele nos chamou para fazer, mais Ele facilitará e abrirá os caminhos para fazermos o que precisamos fazer.
Quanto mais tivermos consciência disso, mais iremos ver a resposta da semente que plantarmos. Quanto mais entendermos a urgência daquilo que nascemos pra fazer, mais teremos a resposta daquilo que temos para fazer. A compaixão nos leva a estar num local e vidas serem transformadas. Por isso, façam alguma coisa pelos missionários locais quando eles voltarem, não somos jovens ricos que guardamos aquilo que temos, porque temos consciência do amor de Deus em nós, pois Ele não foi colocado com conta gotas em nosso coração, ele foi DERRAMADO!
Os poderes do mundo vindouro estão disponíveis para fazermos o que precisa ser feito na terra, isso é uma realidade que precisa acontecer por dentro.
Estamos vendo a compaixão em ação e expressão: ninguém vai se perder, todos serão salvos. Eu amo e eu me compadeço! O mundo não vai ficar como o diabo quer. Aqueles que querem, irão para o Reino porque nós iremos tirá-los de lá e o transporte é gratuito, não paga nada. Jesus não veio julgar e nem estender o dedo, Ele veio salvar, e Ele andou por toda a parte fazendo o bem. O amor se move e faz alguma coisa, o amor age. E o Pai fez alguma coisa, Ele enviou o resgate!
Tudo que Ele fez foi por amor e tudo que você fizer precisa ser feito por amor. Pois quem se compadece não fica em palavras, não somente se emociona, mas se coloca no lugar para tirar a pessoa de lá. Jesus passou foi até o calvário e não voltou atrás.
Ele não teve por usurpação ser igual a Deus, mas se esvaziou e tornou-se servo. A viúva de Naim viu a compaixão de Jesus em pessoa, os cegos viram a compaixão em pessoa, o pai de um filho endemoniado viu a compaixão em pessoa. Pois, Ele se compadeceu e, quem se compadece, faz alguma coisa e não olha para sua força, mas olha para o Espírito, para unção que recebeu.
Desse modo, as pessoas verão em você o Cristo. Elas vão querer fazer o que você faz, porque o que você faz é a resposta dos céus. Faça alguma coisa! Se lhe baterem numa face, ofereça a outra. Se estão falando de você, caluniando-o, perdoe. Isso é compaixão! Mas se atente para não fazer aquilo que vai impedir a vontade de Deus.
*Trechos da mensagem da noite de 18 de junho, no Culto de Missões.