Músico e Pr. da Igreja Verbo da Vida de Taubaté (SP)
Os Departamentos de Música e Mídia representam as colunas de uma igreja local. Não consigo ver mais o funcionamento de um culto sem a mídia atuando. Poderia até haver um culto, mas sem esse mesmo efeito, o que torna os dois departamentos tão importantes e essenciais.
O serviço que você realiza no Corpo de Cristo é vital para o bom funcionamento dos cultos. O seu trabalho vai além das portas da igreja local, tem um alcance muito vasto. Você é alguém muito importante, útil, essencial para o crescimento de uma igreja local.
Eu nunca me contentei com o nível que eu estava em Deus. O contentamento é um perigo nesse sentido, de nos acomodarmos no nível em que nós estamos, pois se assim o fizermos vamos definhar. Não vamos frutificar, não cumpriremos plenamente o que Ele tem para a nossa vida.
“Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai” (Filipenses 4.8).
Não faremos nada bem feito com a mentalidade leviana, não levando o que fazemos a sério. Há pessoas desperdiçando o que Deus tem para elas por causa de uma mentalidade leviana, isso é o que a Bíblia chama de ânimo dobre. Nem sempre o problema está na má intenção, mas na má disposição.
Entre a boa intenção e a disposição, vem a mentalidade correta e excelente. Precisamos condicionar nossa mentalidade aos padrões de Deus. Caso contrário, ficaremos numa superfície ou limbo ministerial, estagnados.
Deus quer que alcancemos maiores níveis! Isso acontece não apenas por Ele querer, mas esse desejo também precisa partir de nós. Deus é perfeito e age de forma perfeita, a melhor possível, no tempo apropriado.
“Cantai-lhe um cântico novo; tocai bem e com júbilo” (Salmo 33.3).
Será que você está sendo perfeito também em tudo que faz? Deus pode confiar em você? Se temos o Senhor como referência, não há desculpas para estagnação ou retrocesso. Ele é nossa referência máxima.
Para sermos aprovados e promovidos, precisamos fazer o nosso melhor, que envolve constância e estabilidade, sem uma mentalidade medíocre e leviana.
A mediocridade é inimiga da excelência. Com uma mentalidade leviana seremos impedidos de alcançar o que Deus para nossa vida. O inimigo do avanço é também essa mentalidade medíocre e leviana. Nossa boa intenção tem que estar conectada a uma mentalidade excelente.
“Ora o Senhor encaminhe os vossos corações no amor de Deus, e na paciência de Cristo” (II Tessalonicenses 3.5).
Jesus teve um ministério excelente, porque Ele foi constante.
“Mas tu, ó homem de Deus, foge destas coisas, e segue a justiça, a piedade, a fé, o amor, a paciência, a mansidão” (I Timóteo 6.11).
Você não deve desviar um centímetro sequer do propósito de Deus para a sua vida. Porque no momento que você desvia demonstra inconstância e corre o risco de quando voltar atrasar o que Deus tem para a sua vida.
De repente, o que Deus tem para você futuramente é entrar em uma chamada ministerial, algo nos cinco dons, no entanto esse tempo que você está vivendo pode ser determinante, logo ele deve ser considerado e não desperdiçado. Ou seja, se você fizer bem feito hoje, as portas da parte de Deus serão abertas amanhã.
Meditando nessas coisas me veio cinco perguntas. Para quem está envolvido na igreja as respostas a essas perguntas farão diferença:
– O que fazemos?
– Para quem fazemos?
– Por que fazemos?
– Quando fazemos?
– Como fazemos?
O que fazemos?
Se nós não sabemos as primeiras respostas isso pode afetar o “como eu devo fazer”. No geral, o que nós fazemos é servir. E quando eu falo servir, falo de uma atitude voluntária e não uma atitude imposta ou obrigatória. Quando a gente pensa em serviço a gente relaciona logo a trabalho secular. Onde visando um salário, nós nos esforçamos, mas no reino de Deus é diferente.
É um serviço voluntário sem buscar nenhum interesse, não buscando nada em troca. Muitas vezes, por causa disso, o nosso serviço a Deus acaba sendo negligente. Mas, conhecendo Deus pai, Jesus, o modo como Ele trabalha, o ministério de Jesus que foi excelente.
O meu serviço deve ser segundo a medida de perfeição que eu alcanço, o serviço voluntário não é uma permissão para negligência, para indolência. Muito pelo contrário, devemos servir ao Senhor com o nosso máximo, com a intensidade máxima. Porque se estamos onde estamos, se temos o que temos, é por causa d’Ele.
Para quem fazemos?
Fazemos para o Senhor e isso tem uma relação direta com as pessoas.
“Porque Deus não é injusto para se esquecer da vossa obra, e do trabalho do amor que para com o seu nome mostrastes, enquanto servistes aos santos; e ainda servis” (Hebreus 6.10).
Se tivermos consciência que servimos a Deus e esse serviço é vertical, isso vai acabar me levando para um serviço horizontal. Se Deus é digno do meu melhor os seus filhos também são.
“Cada um administre aos outros o dom como o recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus” (I Pedro 4.10).
Deus lhe confiou uma habilidade, uma capacidade. Deus plantou em seu coração uma semente. Agora, cabe a você cultivar. Nós demonstramos isso muito bem servindo as pessoas com excelência. Quando servimos ao Senhor? Quando servimos uns aos outros.
Por que fazemos?
Você faz porque a sua vida depende disso. Você vai perceber que se deixar de se envolver com a igreja parece que fica faltando algo, uma lacuna abre dentro de você. Parece que a vida perde o brilho, porque o nosso envolvimento na igreja afeta a nossa vida lá fora.
Essa pergunta também envolve as nossas motivações. Porque muitos servem para serem vistos, para estar em lugar de destaque. Nós devemos servir, quer sejamos vistos ou não. Até mesmo porque estamos sendo vistos. Seja em público, seja em secreto.
Será que no secreto você serve com a mesma excelência do que em público? Porque se for diferente nós estamos fazendo para aparecer. Nós não servimos para nos promover, estamos aqui para promover Cristo.
Quando fazemos?
Até que nada mais importe. Ou seja, tem que haver em nós uma disposição em servir, quer estejamos na escala uma vez, quer estejamos na escala sempre. A motivação do coração é revelada em momentos assim. Se você é escalado acima da média, é porque você é acima da média.
“E consideremo-nos uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras, Não deixando a nossa congregação, como é costume de alguns, antes admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais, quanto vedes que se vai aproximando aquele dia” (Hebreus 10.24-25).
Serviremos até o dia de Cristo, até o arrebatamento.
Como fazemos?
Com humildade, com excelência, com esmero, com constância.
Eu entro na esfera da excelência quando eu dou o meu máximo. Ou seja, quando eu não dou o meu máximo eu saio da excelência. A porta da excelência tem uma chave, e ela se chama dar o máximo.
Quando estamos no mínimo é fácil detectarmos, mas quando estamos em uma condição mediana, muitas vezes, não vemos o que precisa melhorar, por isso que a mediocridade é um dos maiores inimigos da excelência. A gente sabe o que está fazendo e o que está deixando a desejar, nós sabemos as áreas que poderíamos fazer melhor.
Não fique esperando que outras pessoas invistam em você, seja o seu próprio investidor. Não fique esperando que portas se abram, elas são consequências da sua dedicação, sacrifício, renúncia.
*Trechos da ministração do dia 21 de abril de 2023, na Conferência de Música e Mídia.