Hoje, talvez mais do que nunca, precisamos entender os nossos direitos civís. Temos visto abusos por parte de políticos sobre os direitos da coletividade, inobservância de regras processuais, um tanto quanto de maneira intencional. Se não tivermos conhecimento dos nossos direitos, ficamos amedrontados e tolhidos. Do mesmo modo, precisamos conhecer os nossos direitos em Cristo!
Conheça seus direitos
“Por volta da meia-noite, Paulo e Silas oravam e cantavam louvores a Deus, e os demais companheiros de prisão escutavam. De repente, sobreveio tamanho terremoto, que sacudiu os alicerces da prisão; abriram-se todas as portas, e soltaram-se as cadeias de todos. O carcereiro despertou do sono e, vendo abertas as portas do cárcere, puxando da espada, ia suicidar-se, supondo que os presos tivessem fugido. Mas Paulo bradou em alta voz: Não te faças nenhum mal, que todos aqui estamos! Então, o carcereiro, tendo pedido uma luz, entrou precipitadamente e, trêmulo, prostrou-se diante de Paulo e Silas. Depois, trazendo-os para fora, disse: Senhores, que devo fazer para que seja salvo? Responderam-lhe: Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e tua casa.
E lhe pregaram a palavra de Deus e a todos os de sua casa. Naquela mesma hora da noite, cuidando deles, lavou-lhes os vergões dos açoites. A seguir, foi ele batizado, e todos os seus. Então, levando-os para a sua própria casa, lhes pôs a mesa; e, com todos os seus, manifestava grande alegria, por terem crido em Deus. Quando amanheceu, os pretores enviaram oficiais de justiça, com a seguinte ordem: Põe aqueles homens em liberdade. Então, o carcereiro comunicou a Paulo estas palavras: Os pretores ordenaram que fôsseis postos em liberdade.
Agora, pois, saí e ide em paz. Paulo, porém, lhes replicou: Sem ter havido processo formal contra nós, nos açoitaram publicamente e nos recolheram ao cárcere, sendo nós cidadãos romanos; querem agora, às ocultas, lançar-nos fora? Não será assim; pelo contrário, venham eles e, pessoalmente, nos ponham em liberdade. Os oficiais de justiça comunicaram isso aos pretores; e estes ficaram possuídos de temor, quando souberam que se tratava de cidadãos romanos. Então, foram ter com eles e lhes pediram desculpas; e, relaxando-lhes a prisão, rogaram que se retirassem da cidade. Tendo-se retirado do cárcere, dirigiram-se para a casa de Lídia e, vendo os irmãos, os confortaram. Então, partiram” (Atos 16:16-40).
Essa história todos nós já conhecemos, ela fala de Paulo e Silas na prisão. Nela é demonstrado a importância de sabermos os nossos direitos.
Posicione-se
Paulo e Silas eram romanos. Eles sabiam de seus direitos. Quando foram presos por autoridades, sem nem muito menos passarem por um processo e julgamento, se posicionaram diante de suas prerrogativas legais e combateram a situação.
O que aconteceu quando eles se posicionaram? Os magistrados ficaram com medo.
“Os guardas relataram isso aos magistrados, que ficaram assustados por saber que Paulo e Silas eram cidadãos romanos.” Atos 16:38
Não quero incentivar as pessoas a terem medo de nós. Mas devemos aprender a defender os nossos direitos. Pecado é pecado. Não podemos relativizar o que o mundo quer que a igreja “atualize”. As leis de Deus continuam as mesmas. Mas se não tivermos conhecimento dos nossos direitos naturais sobre nossa liberdade de religião e crença (art. 18 – Declaração Universal dos Direitos Humanos, de 1948), podemos ficar neutralizados por uma minoria que quer imputar como crime algo que acreditamos ser pecado.
É muito importante conhecermos os nossos direitos em Cristo, mas também é de suma importância conhecermos nossos direitos naturais. Afinal, vivemos em um mundo com regras e se não a conhecermos, perderemos oportunidades de defendermos a nossa fé e lutar por um mundo melhor para os nossos filhos!