Em João 4.10-26, vemos que, naquela época, um homem estar sozinho conversando com uma mulher era desonroso, quebrava todos os dogmas. Essa mulher não deveria estar conversando com um homem, mas ali ela estava tendo uma conversa íntima com Jesus. Jesus estava provocando a mulher a falar a verdade ao se referir ao seu marido. Ela se admirou pois viu que Jesus era um profeta, e já há muito tempo Deus não falava com o povo através de profeta.
Quando a mulher menciona o monte Gerizim, ela ainda estava lutando com algo que era falso.
“Quando, porém, o Senhor , teu Deus, te introduzir na terra a que vais para possuí-la, então, pronunciarás a bênção sobre o monte Gerizim e a maldição sobre o monte Ebal” (Deuteronômio 11.29).
Os samaritanos acreditavam que esse era o Monte da Bênção. Mas no capítulo 27.4-6 diz: Quando houveres passado o Jordão, levantarás estas pedras, que hoje te ordeno, no monte Ebal, e as caiarás. Ali, edificarás um altar ao Senhor , teu Deus, altar de pedras, sobre as quais não manejarás instrumento de ferro. De pedras toscas edificarás o altar do Senhor , teu Deus; e sobre ele lhe oferecerás holocaustos.
Deus muda a situação. O que era maldição, Ele estava mudando em bênçãos.
Jesus estava ensinando que aqueles que não valiam nada, que eram vistos como “pedras toscas”, no futuro, Ele receberia dessas pessoas a adoração, Ele receberia adoração em espírito e em verdade, independentemente do vaso que emanava essa adoração.
Deus quer nos mostrar quem nós somos e como Ele nos recebe. Não temos que temer. Ele nos aceitou como somos na presença dEle, porque Ele é bom! O próprio filho, Jesus, disse que Ele era bom. Não devemos aceitar nada de ninguém que diga o contrário sobre Ele.
Sempre foi da vontade de Deus que estivéssemos com Ele. Ele sempre desejou se relacionar conosco.
Existe uma falsa adoração, aquela que é para homens, pessoas com muita técnica, mas que Deus não está sendo adorado. Muitas vezes, em nossos próprios cultos podemos ver uma adoração técnica, com preparação, habilidade humana, mas essa não ser uma adoração genuína no Espirito. Deus não reparte a glória dele com ninguém.
Deus nos achou como “pedras toscas”, como malditos, mas Ele disse que um dia haveria adoração, louvor perfeito dessas “pedras toscas”.
“Ao que ele respondeu: Digo-vos que, se estes se calarem, as pedras clamarão” (Lucas 19.40).
Somos como essas pedras. Fomos feitos pedras vivas que adoram, sem vergonha, sem timidez. Estamos agora na presença do Deus vivo, nos seus átrios, adorando-o, enaltecendo os seus feitos. É aquele momento que chegamos mais perto do trono da graça. Você não pede nada, você só quer dar, só quer reconhecer que não somos dignos de estar ali, mas que por Sua Graça fomos feitos dignos.
Entregue-se na presença do Senhor, pois não é onde nós adoramos, mas como e a quem adoramos, com ordem e decência, mas sem se importar nas pessoas ao nosso redor, apenas conectados a Ele.
“Possuímos um altar do qual não têm direito de comer os que ministram no tabernáculo. Pois aqueles animais cujo sangue é trazido para dentro do Santo dos Santos, pelo sumo sacerdote, como oblação pelo pecado, têm o corpo queimado fora do acampamento. Por isso, foi que também Jesus, para santificar o povo, pelo seu próprio sangue, sofreu fora da porta. Saiamos, pois, a ele, fora do arraial, levando o seu vitupério. Na verdade, não temos aqui cidade permanente, mas buscamos a que há de vir. Por meio de Jesus, pois, ofereçamos a Deus, sempre, sacrifício de louvor, que é o fruto de lábios que confessam o seu nome” (Hebreus 13.10-15).
O sacrifício exigido é o dos lábios, não mais de sangue ou ofertas grandes, mas sacrifício de louvor. Precisamos ter a consciência de que foi por nós, que Ele levou essa maldição, que fomos salvos e curados. A consciência deve ser, não que vamos assistir a um culto, mas que vamos cultuar ao Senhor. O culto é para Ele. Precisamos oferecer sempre sacrifícios de louvor.
Não deixe sua boca reter o que Deus tem pra sua vida. Se o diabo o prender e fazê-lo não louvar, você perderá o que Deus teria para fazer. Não podemos aceitar pensamentos de indignidade, pois foi Deus quem escolheu essas “pedras toscas” para o adorarem.
Adorar é falar o que a Palavra fala, é demonstrar essa confiança mesmo em tempos difíceis permanecendo confiante n’Ele. Essa é a verdadeira adoração!
Agora temos livre acesso ao trono da Graça através de Jesus. É pela Graça, e podemos oferecer sacrifícios de louvor, nossa gratidão a Ele, sem medo e sem culpa.
Em meio à dor, ao sofrimento, ao esquecimento, Paulo e Silas decidiram adorar. Eles estavam presos fisicamente, mas não estavam presos nas suas bocas. Todos os presos o escutaram e veio a libertação sobre todos. Há poder no louvor. Em meio às grandes dificuldades, quando você adora, o ambiente em que está e as pessoas nele também serão afetadas.
Como está escrito: Por minha vida, diz o Senhor, diante de mim se dobrará todo joelho, e toda língua dará louvores a Deus” (Romanos 14.11).
Deus está esperando louvor da nossa língua. Não palmas, mas louvor de nossa boca, isso é um sacrifício que rendemos. Mesmo em meio ao pecado, quando O louvamos, estamos rendendo sacrifício vivo ao Senhor, demonstrando nosso arrependimento e rendição a Ele.
Em vez de murmurar, de sempre estar pedindo orações a outras pessoas, crie o hábito de colocar louvores corretos na sua casa, que cantam verdadeiramente a Palavra, e de ler os livros corretos.
A verdadeira adoração é chegar tão perto do adorado, do desejado, que você consegue beijá-lo. Você vem sabendo que não mereceria estar ali, mas reconhece que Ele nos permite não somente estar ali, mas também tocá-lO. Ele sabe quem éramos, mas mesmo assim Ele nos recebe.
*Trechos da mensagem do dia 09 de abril de 2023, na Escola Dominical.