Há sete montes de influência na sociedade: família, religião, educação, governo, mídia, artes e economia. Esses são temas transversais que precisamos ensinar ao corpo de Cristo a se mover para que não fiquem presos às influências deste mundo. Cristãos que vão se mover na política partidária, sistema prisional, dilemas sociais e calamidades.
A Igreja é a resposta que a sociedade precisa. O Estado pouco consegue influenciar. Muitas mazelas daquilo que temos visto podem repercutir pela omissão da Igreja. A não resposta pode ser resultado da nossa paralisia.
A resposta que a sociedade precisa
Há pessoas que são vocacionadas para esse ambiente de política. Se Deus não nos chamar para a política, mesmo sendo populares e tendo carisma, mesmo sendo eleitos, podemos destruir o chamado de Deus para nossa vida. Política não é para quem tem uma boa oratória, é para quem é chamado!
Nossa atuação política nem sempre vai exigir mandato. Muito cuidado com isso. Muita gente está querendo entrar num espaço onde Deus não os comissionou, como alguém que tem um comprometimento com uma veia ideológica, e ser colocado numa posição de influência. Às vezes temos colocado nosso dedo para eleger pessoas que não defendem nossos valores por causa da conivência cristã.
Temos visto um avivamento em nossa nação. Mas é preciso um despertamento antes. É preciso um despertamento político antes de um avivamento político. Avivamento é o ato de se avivar, tornar-se mais ativo, despertado e nítido.
Perspectivas e condutas
Basta ter uma retórica religiosa, basta memorizar alguns versículos e vestir-se adequadamente. E através desse personagem conquistar pessoas na política. Contudo, muitos não vivem uma vida de conduta íntegra.
Muitos têm negado seus valores por conveniência política. Conveniência é ter tolerância, consentimento ou complacência diante de atitudes errôneas ou imorais. Precisamos submeter também essas áreas a Deus, pois há cristãos com comportamentos omissos, apoiando partidos questionáveis.
Corrupção é estragar, tornar-se mal, depravar. É desonestidade, degradando a moral, é suborno. Vai além de desvio de dinheiro público e práticas ilícitas, é degradação de algo que era originalmente puro, limpo e verdadeiro. Então, aquele que mente corrompe a verdade.
“Vós sois do diabo, que é vosso pai, e quereis satisfazer-lhe os desejos. Ele foi homicida desde o princípio e jamais se firmou na verdade, porque nele não há verdade. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira” (João 8.44).
“Respondeu Jesus: ‘Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim’” (João 14.6).
A quem nós devemos seguir, se não a Cristo que é a verdade? Aquele que adultera corrompe o alvo matrimonial, a aliança do casamento e pode destruir sua família. Aquele que vive uma vida mundana corrompe a vida de Deus.
Quando a fé é negociada por benefícios terrenos
O eleitor se faz passar por pessoa desentendida ao se achegar a partidos para conseguir coisas. Negociando a fé para benefícios passageiros. Nada na criação está oculto diante de Deus.
“Os olhos do Senhor estão em todo lugar, contemplando os maus e os bons” (Provérbios 15.3).
Em que campo dessa observação você tem se colocado: do lado que você pode se vender a um voto, perdendo seu poder de escolha, ou do lado de Deus?
Uma reflexão sobre a integridade cristã comprometida
Há alguns ministérios que estão atuando em abuso de poder, induzindo seus líderes a certos caminhos políticos impostos, retirando pessoas dos seus postos de serviço na igreja caso não correspondam a essa imposição. Cuidado! Até a mera promessa do partido que chega influenciando membros religiosos, prometendo que os ajudará em algo, é crime!
“Políticos cristãos” e suas estratégias para amarrar o apoio religioso
Há algumas estratégias políticas, como o oferecimento de ajuda financeira para enganar a sociedade, amarrando pessoas a uma certa candidatura, a projetos políticos pessoais. Não podemos permitir que estejamos embaixo de jugo de ninguém, em troca de favores escusos. Nosso nome está no livro da vida! Já fomos libertos.
Nós que somos cristãos compreendemos o ato de ofertar como algo santo, que fica entre o cristão e Deus. Não precisamos propagar nossas ações para promover cunhos políticos. Empregar pessoas com vínculo parental para favorecer pessoas, amarrando-as em troca de votos políticos.
Há pessoas que, quando pensam em ambiente político, acham que podem viver de qualquer forma, transitando entre o santo e o profano. Na igreja é santo, mas na política é profano. Cristãos que até começaram firmes e certos, se prostituíram politicamente e pagaram um preço alto.
A naturalização do comportamento profano
“Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! porque sois semelhantes aos sepulcros caiados, que por fora realmente parecem formosos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda imundície” (Mateus 23.27).
Aqui Jesus nos alerta para o perigo da hipocrisia religiosa, em que as pessoas se esforçam para manter a aparência religiosa, mas por dentro estão repletas de corrupção. Sepulcros caiados.
Os clérigos do “passarinheiro político”
Existem os passarinheiros políticos. Eles não vão nos conquistar nos alçapões, mas nos alimentam e nos dão conforto, no ambiente de persuasão e meticuloso. Em gaiolas, fecham as grades e prendem pessoas, que muitas vezes nem percebem que estão presas em troca de migalhas, como um emprego público. Deixam de conquistar voos altos pela segurança de pequenas migalhas. Essa noite é de quebrar gaiolas!
Pão novo, receita velha
Como padeiros que nos entregam pães novos todo dia, mas não sabemos a receita dele, se está viciada, adquirindo pão novo, mas com receita velha. Assim também são algumas pessoas que dizem ser novos políticos, mas que são do coronelismo.
Nós não precisamos nos submeter ao jugo de ninguém.
A verdadeira vocação política
Descrevo essas pessoas como missionários políticos. Não é só vocação, mas também preparação.
Como em Mateus 7.22-23, precisamos refletir sobre o ambiente em que estamos vivendo. Que possamos convidar um espírito de avivamento, trazendo antes um ambiente de despertamento. Onde está o seu coração? De que forma você tem transitado quando a temática é política? Se afastando e deixando a responsabilidade a outros, o que também é conivência, ou se posicionando?
A resposta da Igreja na política exige seu posicionamento. Represente o Evangelho e não defenda pautas antibíblicas. Não podemos relativizar sobre aborto, descriminalização das drogas, pois somos inimigos do tráfico. Somos aqueles que pregam a Palavra, onde o homem é homem e a mulher é mulher. Estamos cobertos pelo fato de que família é projeto de Deus!
*Trechos da mensagem do dia 02 de junho de 2024, no Culto de Celebração.