por Manoel Dias
*Integrante da equipe Ministerial da Sede
Precisamos desenvolver a mentalidade de oração, mas também colocar o nosso conhecimento em prática. Tivemos a oportunidade de aprender a orar sobre questões pessoais em nossas vidas, mas não podemos esquecer que uma das orações que a Bíblia nos instrui a fazermos é aquela por nossas autoridades.
“E aconteceu que, indo nós à oração, nos saiu ao encontro uma jovem, que tinha espírito de adivinhação, a qual, adivinhando, dava grande lucro aos seus senhores. Esta, seguindo a Paulo e a nós, clamava, dizendo: Estes homens, que nos anunciam o caminho da salvação, são servos do Deus Altíssimo. E isto fez ela por muitos dias. Mas Paulo, perturbado, voltou-se e disse ao espírito: Em nome de Jesus Cristo, te mando que saias dela. E na mesma hora saiu. E, vendo seus senhores que a esperança do seu lucro estava perdida, prenderam Paulo e Silas, e os levaram à praça, à presença dos magistrados. E, apresentando-os aos magistrados, disseram: Estes homens, sendo judeus, perturbaram a nossa cidade, E nos expõem costumes que não nos é lícito receber nem praticar, visto que somos romanos. E a multidão se levantou unida contra eles, e os magistrados, rasgando-lhes as vestes, mandaram açoitá-los com varas. E, havendo-lhes dado muitos açoites, os lançaram na prisão, mandando ao carcereiro que os guardasse com segurança. O qual, tendo recebido tal ordem, os lançou no cárcere interior, e lhes segurou os pés no tronco” (Atos 16.16-19).
Quando Paulo ajudou a mulher descrita em Atos a ser finalmente liberta, um ciclo foi quebrado. Quem fez isso, estava munido de uma autoridade outorgada pelo próprio Jesus, com respaldo direto dos Céus. Ainda assim, Paulo foi para a prisão.
Eu sei que nós também estamos vivendo uma época de pressões por sermos quem somos. Mas eu queria que a gente entendesse a posição que a Bíblia nos mostra aqui. A nossa fé na Palavra e nas experiências que já tivemos com Deus devem nos levar a uma posição de fé, e não de medo. Quando Davi venceu o urso e o leão, ele se agigantou diante de Deus por trazer à memória tudo o que já havia enfrentado.
Na prisão, Paulo e Silas tinham duas inclinações que poderiam seguir: uma espiritual, outra carnal. A que provinha da carne dizia: “viu como deu errado essa ideia de seguir a Deus? Fomos libertar pessoas e olha onde viemos parar?” . Mas também existia a opção de olhar para Deus e atentar apenas para quem Ele é. Na hora mais difícil de todas, Paulo e Silas escolheram orar e adorar. Foi o suficiente para que todo aquele local fosse sacudido com o Poder dos Céus.
Estamos em tempos de nos posicionarmos na terra, mas também de nos posicionarmos nos Céus. Precisamos saber que Deus é Aquele que intervém e faz coisas de maneiras que nem imaginamos. Há pessoas orando pelo Brasil em todos os lugares do mundo e eu creio que o Poder do Altíssimo vai ser liberado como uma represa se rompendo. Não sabemos como, mas vai acontecer.
De acordo com Gênesis, capítulo 9, Noé ofereceu sacrifícios que Deus inalou, como a um incenso. Em Apocalipse, capítulo 8, está escrito que o nosso louvor chega como um incenso diante dos Céus. Mas sabe o que é interessante? É que, na visão, todo esse incenso é colhido por um Anjo em um incensário que é balançado até emanar um fogo sobre a terra. Sabe o que isso significa?
Que tudo o que sobe, em seguida também desce. Quando as nossas orações sobem, o Poder de Deus vem sobre a terra. A visão de apocalipse narra que, enquanto aquele fogo descia, ouvia-se raios, trovões e terremotos. Mas terremoto, como vemos na Bíblia, não é sempre um fenômeno qualquer. É também símbolo de poder e libertação.
“Então temerão o nome do Senhor desde o poente, e a sua glória desde o nascente do sol; vindo o inimigo como uma corrente de águas, o Espírito do Senhor arvorará contra ele a sua bandeira” (Isaías 59.19).
Quando algo vem dos Céus para a terra, até os desertos tremem. Existe um povo orando e o nosso clamor tem um poder muito grande. Mas é preciso perseverar. Temos sim a oração da Fé, mas, ao longo da caminhada, também é preciso manter-se firme até que.
Até que venha. Até que aconteça. Não desista, não esmoreça.
Quando eu era pequeno, costumava pescar com meu pai e ficava observando os peixes que conseguiam romper as redes e escapar. É preciso muita força para algo assim. Deus também rompe linhas inimigas quando oramos e adoramos. Mesmo que a gente enfrente barreiras, vai haver livramento. Vamos sair ilesos e guardados.
Ou você se move pelo medo, ou se move pela convicção na Palavra. Precisamos orar, gemer, seguir aquilo que o Espírito nos impele a fazer. E assim, as águas se romperão. Experimentaremos tudo aquilo que Deus tem para nós.
Trechos da mensagem de 08 de novembro de 2022, no Culto do Espírito.