
Líder do Departamento de Jovens, na Verbo da Vida Sede.
Que tipo de influência estamos exercendo? Precisamos combater a omissão e a passividade, tanto coletivamente quanto individualmente. O que você tem feito com os talentos e ideias que Deus colocou em seu coração? Seremos cobrados por isso. Não podemos permitir que a soberba ou ídolos penetrem em nossa influência. Uma pequena gota pode corromper tudo. A busca por influência não deve ser apenas sobre a forma, mas, sim, sobre o amor a Deus. Devemos ser um departamento de jovens que amam o Senhor de todo o coração.
Então, te pergunto: você ama o Senhor? Jesus nos ensina a amar a Deus de maneira intensa e completa. Isso deve ser nosso alvo e não apenas uma liturgia legalista. Precisamos avaliar continuamente nossa direção, ajustando nosso foco para o que Deus deseja. Vamos juntos reavivar essa visão e nos tornar um referencial verdadeiro.
Ame ao Senhor genuinamente
Paulo tinha uma performance impressionante. Ele era um fariseu irrepreensível, um mestre da lei que conhecia tudo. Mas, ao encontrar Jesus, ele percebeu que tudo o que antes considerava valioso agora não tinha mais importância.
“Em nada considero a vida preciosa para mim, contanto que complete a minha carreira e o ministério que recebi do Senhor Jesus para testemunhar o evangelho da graça de Deus” (Atos 20.23).
“Porquanto, para mim, o viver é Cristo, e o morrer é lucro” (Filipenses 1.21).
Esses versículos revelam características de alguém que ama genuinamente o Senhor.
O que realmente importa?
Primeiro, há uma inversão de valores naturais por valores eternos. O que antes era valioso se torna irrelevante diante da grandeza do conhecimento de Cristo. Em segundo lugar, vemos um desapego extremo à própria vida e às coisas deste mundo. E, por último, um alto nível de consciência e uma ânsia por eternidade e propósito.
Esses três pontos nos convidam a refletir sobre como estamos valorizando nossa vida e o que realmente importa. Que possamos nos apegar aos valores eternos e buscar um propósito que vá além do que é passageiro. Amém?
Paulo nos ensina que morrer é lucro, pois ao partir, ele estaria com Cristo, algo infinitamente melhor. No entanto, ele também reconhecia a importância de cumprir seu propósito aqui na Terra. Ele não se preocupava com planos pessoais, como casar ou realizar sonhos financeiros, mas com a vontade de Deus para sua vida. Esse tipo de reflexão revela a consciência que Paulo tinha sobre o valor do seu tempo e missão. Muitas vezes, porém, tornamos nossa vida preciosa demais para nós mesmos. Nossos sonhos e bem-estar se tornam prioridades, o que dificulta amar a Deus de todo coração, alma, força e entendimento.
O que está tornando nosso amor por Deus superficial?
Precisamos nos perguntar: o que está tornando nosso amor por Deus superficial? A Bíblia nos ensina em Mateus 6.33 que devemos buscar em primeiro lugar o Reino de Deus e sua justiça e todas as outras coisas nos serão acrescentadas. Mas muitas vezes nossa geração inverte essa ordem, buscando as coisas em detrimento da presença de Deus.
Essa busca deve ser sincera e de coração totalmente entregue. Jeremias 29.13 nos lembra que, quando O buscamos de todo o coração, O encontramos. Não é uma busca qualquer, mas uma busca profunda. A Palavra deve ser a primeira influência que regem as nossas atitudes.
Recentemente, li o livro “Nada Mais Importa”, do pastor Luciano Subirá, que traz uma reflexão poderosa sobre encher-se do Espírito. Efésios 5.18 nos diz para não nos embriagarmos com vinho, mas para nos enchermos do Espírito. O que quero destacar aqui é: “Não vos embriagueis com vinho.”
O que está tomando nosso tempo e atenção?
A Bíblia fala de uma embriaguez produzida pelo vinho, ou seja, por uma bebida alcoólica. Talvez o vinho ou qualquer outra bebida alcoólica não seja o melhor exemplo para a nossa geração, que está dentro da igreja hoje. O que tem tomado o tempo dessa geração é o excesso de tempo gasto diante de uma tela, em vez de buscar a presença de Deus ou se conectar com o que realmente importa. Isso é alarmante! Se olharmos para essa realidade, podemos perceber como estamos nos distraindo e nos embriagando com coisas que, embora não sejam ruins por si mesmas, nos afastam do nosso propósito maior.
Precisamos refletir sobre qual influência está tomando nosso tempo e atenção. Quando damos prioridade a distrações e entretenimento, acabamos criando ídolos modernos que nos afastam de Deus. A idolatria não precisa ser uma escultura; ela pode ser uma paixão, um hobby ou até mesmo um interesse legítimo que, quando tomado em excesso, nos desvia do nosso foco.
O que ocupa o seu coração?
Por isso, precisamos reavaliar nossas prioridades. O que ocupa o seu coração? Onde está o seu tesouro? Que possamos fazer escolhas conscientes que nos aproximem de Deus. Que possamos buscar o Senhor em primeiro lugar, sabendo que, ao fazê-lo, todas as outras coisas se encaixarão.
A frase de William King que você mencionou é impactante: se gastamos 16 horas por dia com coisas deste mundo e apenas 5 minutos com Deus, não é surpreendente que nos sintamos mais atraídos pelo que é passageiro do que pelo eterno. Precisamos nos perguntar: será que estamos permitindo que as distrações nos afastem da presença de Deus?
É preciso disposição para abrir mão das suas próprias prioridades e sonhos, se eles se colocam entre você e Deus. É uma entrega total, onde Jesus deve ser o centro de tudo. O chamado é para renunciar, mas não é uma renúncia vazia; é uma troca. Ao deixarmos para trás o que nos impede de segui-lO, encontramos um propósito maior.
A cruz é um símbolo de entrega
Como Jesus disse: “Se alguém não tomar a sua cruz e vier após mim, não pode ser meu discípulo.” Isso nos leva a refletir sobre o que realmente estamos dispostos a sacrificar em nossa jornada. Estamos mais focados em ganhar o mundo e perder a nossa alma? Ou estamos prontos para abraçar a cruz, mesmo que isso signifique desconstruir algumas de nossas certezas e prioridades?
A cruz é um símbolo de entrega e sacrifício. E, quando carregamos a nossa cruz, não é apenas um fardo; é um chamado para um relacionamento mais profundo com Deus. A verdadeira vida, a vida que vale a pena, é aquela que encontramos ao segui-lO e ao dedicarmos cada aspecto do nosso ser a Ele.
A busca por influência
Ao fazermos isso, não apenas temos a promessa de uma vida plena, mas também a oportunidade de impactar o mundo ao nosso redor. Um discípulo comprometido pode transformar vidas, comunidades e, quem sabe, até nações. Que possamos nos levantar como uma geração de discípulos que não apenas falam, mas vivem o Evangelho de forma radical e verdadeira.
Que possamos avaliar onde estamos colocando nossa prioridade e onde precisamos ajustar nosso foco. A vida é breve, e o que realmente importa é o que fazemos com o tempo que temos. Portanto, vamos buscar o Senhor de todo o coração, permitindo que Ele nos transforme e nos direcione em nossa jornada.
E lembre-se: o cristianismo não é apenas sobre receber bênçãos, mas sobre ser uma bênção, sobre amar ao Senhor nosso Deus com toda a força, alma e entendimento. É uma entrega que resulta em um amor genuíno e transformador. Que possamos ser uma influência positiva e viver isso a cada dia.
*Trechos da mensagem do dia 05 de outubro, no Culto de Jovens.