
Major da Polícia Militar da Paraíba.
Estamos com o tema Espírito da Fé, e tocou ao meu coração, através do nosso pastor Maneco (Manoel Dias), falar com você nesta manhã sobre fé e autoridade. Você sabe que esses temas caminham de forma muito intrínseca, muito própria: fé e autoridade. Nesta manhã, enquanto eu meditava sobre esse tema, o que saltou ao meu coração foi o nosso processo de formação. A Bíblia nos diz que a autoridade é um dom que vem da parte de Deus. É Deus quem constitui as autoridades, mas isso não acontece de uma hora para outra; ela precisa ser construída dentro do nosso caráter. Por isso, muitas vezes vemos pessoas com autoridade fazendo besteiras.
“Respondeu o centurião: ‘Senhor, não mereço receber-te debaixo do meu teto. Mas dize apenas uma palavra, e o meu servo será curado'” (Mateus 8.8).
Em busca de uma bênção
Esse texto me tocou profundamente. O centurião deixou sua posição de autoridade e foi buscar algo para seu servo, não para si mesmo. Ele foi em busca de uma bênção para outra pessoa. Existem princípios para a criação de autoridade, pelos quais você conquista autoridade. Um exemplo bíblico disso é quando nações guerreavam entre si. Quando uma era derrotada, a outra exercia autoridade e governo sobre ela. Mas há também a autoridade delegada, como a de um policial ou um agente de trânsito, que exerce uma autoridade conferida por alguém.
Penso que esse homem (o centurião) estava debaixo de uma autoridade, exercia autoridade e encontrou uma autoridade superior: Jesus.
Como construímos essa autoridade?
É preciso entender que temos uma missão a cumprir, seja no âmbito natural ou espiritual. Mas, para cumprir essa missão, é necessário conhecer as ferramentas que temos à nossa disposição. O Espírito da Fé é quem nos dá ousadia para buscar conhecimento. Se quero exercer autoridade, preciso me preparar, me encher, porque, caso contrário, qualquer coisa lá fora vai me contradizer. O apóstolo Pedro diz que precisamos estar preparados para defender a Palavra. E como nos preparamos? Expondo-nos ao conhecimento, entendendo-o.
Há valores e visões que buscamos no campo natural, mas que são muito próprios do campo espiritual. A autoridade sem conhecimento é inerte; ela não funciona. A Bíblia fala sobre isso: em Atos, um grupo de judeus tentou expulsar demônios. O demônio respondeu: “Conheço Paulo, e sei quem é Jesus, mas vocês, quem são?”
Isso é uma lição clara: não basta conhecer; é preciso exercer. No quartel, costumamos dizer: “A palavra convence, mas o exemplo arrasta.” Tudo que digo a você traz conhecimento espiritual, mas o que faço no mundo espiritual me dá autoridade para agir de forma verdadeira — expulsar demônios, curar enfermos. Não se trata apenas de obedecer ao ide, mas de ir com autoridade.
Consciência de autoridade
“A fim de que Satanás não tenha vantagem sobre nós, pois não ignoramos as suas intenções.”
Isso nos mostra que há uma possibilidade real de Satanás tirar proveito de nossas vidas. E, vez ou outra, ele tira vantagem, não porque estamos em pecado, mas por falta de conhecimento da verdade.
Quero trazer isso de forma mais prática: para exercer autoridade e criar uma consciência de autoridade em pessoas no campo natural, essa mesma consciência precisa ser despertada no campo espiritual. A autoridade que repousa sobre você lhe dá mais clareza para entender a autoridade que recebeu. Quem tem autoridade não pede; ordena.
A Bíblia relata que, quando Davi enfrentou Golias, ele pegou cinco pedras. Penso: “Será que Davi pensou: se errar a primeira, ainda tenho outras quatro?” Não, ele era um homem que tinha convicção do que já havia feito — matado leões, ursos, realizado grandes feitos pelo Senhor. Ele não levou as pedras por medo de errar, mas porque tinha plena confiança.
Caminhando para o ponto principal, quero dizer que a autoridade não está apenas em ser autoridade, mas em como você se porta. Quem tem autoridade até fala de forma diferente. A chave para esta manhã é: só desfruta de autoridade quem ouve a voz de Deus.
*Trechos da mensagem do dia 22 de dezembro de 2024, na Escola Dominical.