Como Igreja, Corpo de Cristo, temos 3 chamadas:
1 – Uma para fora- anunciando o Senhor, através de missões e evangelismo. E se vamos anunciá-lO, precisamos conhecê-Lo.
2 – Temos uma chamada entre nós, uns para os outros- Corpo de Cristo, recebendo dos dons e serviços.
3 – Mas temos uma chamada que é vertical: a adoração, para conhecê-lO e adorá-lO. Isso não é opcional. A chamada à adoração é requerida a nós. Quando Jesus conversa com a mulher samaritana, Ele afirma que Deus procura adoradores que O adorem.
Será que Deus já encontrou o adorador que Ele tem expectativa que você seja?
É possível até servirmos bem e não estarmos adorando ao Senhor. O diabo ao tentar Jesus, em uma de suas tentações, ele foi na esfera da adoração, ao que Jesus responde: ‘ ‘Somente ao Teu Deus adorarás (primeiro, vertical) e só a Ele servirás (segundo, horizontal). É possível alguém estar servindo sem ser um adorador. Por isso examine a você para ver se de fato é um adorador.
Agora vamos pensar no contexto Bíblico da Páscoa.
“Lançai fora o velho fermento, para que sejais nova massa, como sois, de fato, sem fermento. Pois também Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi imolado. Por isso, celebremos a festa não com o velho fermento, nem com o fermento da maldade e da malícia, e sim com os asmos da sinceridade e da verdade” (I Coríntios 5.7-8 ARA).
Jesus em Lucas 24.45 Ele diz: “Tudo que estava escrito, acerca de mim, na lei, nos salmos e nos profetas”. A Bíblia é cristocêntrica, ela aponta tudo para Cristo. Em tudo, Cristo é o centro. E Paulo, como um intérprete das Escrituras, vê tudo que era, na ótica, na visão, ou convergido através da cruz do calvário, como realidades experimentadas. Nós, agora, não estamos mais com o fermento do pecado, nós agora nascemos de novo. Estamos vivendo com os asmos da sinceridade e da verdade. Não mais o velho fermento. Afinal, Deus procura por adoradores que O adorem em espírito e em verdade.
Eu declaro que esta experiência não vai ser rasa em nossa vida, essa experiência vai ser crescente e intensa! Uma descoberta. Nós vamos a outro nível de intimidade, de adoração, de consciência de Deus. De que somos um Ele, de que Ele está em nós. Um passo chamando outro. Vamos mergulhar em um nível mais profundo na comunhão com o Senhor, e será tanta comunhão com Ele, que começaremos a ficar parecidos com Ele.
Um dos princípios da adoração é que eu me torno parecido a quem eu adoro. É real, não estamos num faz de conta. E o tremendo é que é pela fé, em espírito, não temos nenhuma estátua aqui, nada representado. É tudo pela fé, pela revelação. Não por representações humanas. É o Espírito que nos faz entender e adorar ao Senhor, entendendo que Deus é Espírito e de que podemos experimentar coisas grandiosas.
Mas olhando a afirmação de Paulo, convido você a passear comigo no Velho Testamento e ver com os óculos do novo. Por exemplo, nós podemos ver muitas imagens sobre a Páscoa, seja nas mídias, ou nas encenações. E como é interessante ver e voltar a ler sobre a crucificação. Mas não fica só no externo. Paulo nos mostra o interno. O que aconteceu com Cristo, Ele foi feito pecado, Ele foi justificado em Espírito e foi para o trono de Deus.
O que estava acontecendo? O povo estava preso. O povo hebreu estava escravo do Egito.
Decorridos muitos dias, morreu o rei do Egito; os filhos de Israel gemiam sob a servidão e por causa dela clamaram, e o seu clamor subiu a Deus. Ouvindo Deus o seu gemido, lembrou-se da sua aliança com Abraão, com Isaque e com Jacó. E viu Deus os filhos de Israel e atentou para a sua condição” (Êxodo 2.23-25 ARA).
O povo estava escravo e eles clamaram. Porém quando Deus olha, Ele vê três homens: Isaque, Abraão e Jacó com quem Ele havia feito uma aliança, um compromisso. Nesse contexto, Deus levanta Moisés, mostra-se a Ele através da sarça, tendo contato com o poder.
Então, disse Moisés a Deus: Quem sou eu para ir a Faraó e tirar do Egito os filhos de Israel? Deus lhe respondeu: Eu serei contigo; e este será o sinal de que eu te enviei: depois de haveres tirado o povo do Egito, servireis a Deus neste monte” (Êxodo 3.11-12).
Vemos, pois, que através de Moisés Deus liberta o Seu povo. E Deus diz que Moisés levaria o povo para o monte para que servisse a Ele.
O Senhor nos libertou através de Cristo.
A libertação não é para você viver à toa. A libertação é para você viver uma vida de intimidade, de adoração, de presença, de conhecer a Deus como Ele é. Você nasceu de novo, não viva uma vida de adoração mixuruca. Comece a estudar sobre adoração e louvor.
A Bíblia diz em Gálatas que Deus colocou dentro de nós o Espírito do Filho que clama Aba Pai. Se você não tem um desejo diário de adorar ao Senhor, você precisa rever sua vida de adoração, a sua salvação, se realmente o Novo Nascimento é verdadeiro. Ou você aprisiona o homem espiritual com uma vida carnal, natural e preguiçosa, dependendo da fé dos outros.
Tem gente que vive prostrada nos problemas, mas tem aquele que vive prostrado na adoração. Você não verá um adorador que não ande em vitória, na Bíblia. Porque Deus habita em meio aos louvores do Seu povo, e se Ele habita, Ele se manifesta, Ele interfere, Ele batalha as suas guerras. Ele se levanta por você.
Jesus celebrou a entrega de Si mesmo, para ir à cruz do Calvário, como um cordeiro de Deus que tinha sido entregue desde a fundação do mundo.
Eu o convido este ano a você romper seus limites. Eu quero estar numa força de comunhão com Deus que eu vou ajudar a outros.
Eu declaro que você vai se levantar como ajudador de outros, e não como aquele que precisa de ajuda. Se precisarmos, Deus vai levantar. Mas a Bíblia diz para sermos fervorosos de espírito. Eu declaro algo tão intenso na sua vida, que você vai afetar quem tiver ao seu redor. Pessoas vão olhar para você, será incontestável: ‘Ele tem comunhão com o Senhor, Ele esteve com Jesus’, tanto por causa das suas palavras, quanto pelas suas obras e, às vezes, até pela presença. Pois quando somos uma casa de adoração, isso exala. Não tem como esconder. Vai exalar de você. A presença, a graça, os dons, vai fluir de você. Jesus disse que quem tivesse sede, viesse até Ele e bebesse que do seu interior fluiriam rios, e vai fluir. Você vai carregar Deus onde você chegar.
A Bíblia e o Novo Testamento mostram que em Jesus houve o cumprimento de todas as coisas que foram profetizadas por Moisés. No livro de Hebreus, vemos que tudo era uma sombra, mas agora estamos na realidade.
Paralisa-me, às vezes, é que todo ano nesta época, celebra-se a cruz, a crucificação. Mas não mostra o depois da cruz. Precisamos olhar além da cruz. Pois depois da cruz Jesus levou-nos à redenção, à adoração, a experimentar a vida que Adão desfrutava antes da queda.
A Páscoa mostra que Ele passou pelo processo da morte, pelo sepultamento, mas ressurgiu e voltou para a destra do Pai, dando-nos acesso à Presença.
Mas o que a Páscoa tem a ver com a adoração?
“No terceiro mês da saída dos filhos de Israel da terra do Egito, no primeiro dia desse mês, vieram ao deserto do Sinai. 2Tendo partido de Refidim, vieram ao deserto do Sinai, no qual se acamparam; ali, pois, se acampou Israel em frente do monte. 3Subiu Moisés a Deus, e do monte o Senhor o chamou e lhe disse: Assim falarás à casa de Jacó e anunciarás aos filhos de Israel” (Êxodo 19.1- 6).
“Ao amanhecer do terceiro dia, houve trovões, e relâmpagos, e uma espessa nuvem sobre o monte, e mui forte clangor de trombeta, de maneira que todo o povo que estava no arraial se estremeceu. E Moisés levou o povo fora do arraial ao encontro de Deus; e puseram-se ao pé do monte. Todo o monte Sinai fumegava, porque o Senhor descera sobre ele em fogo; a sua fumaça subiu como fumaça de uma fornalha, e todo o monte tremia grandemente. E o clangor da trombeta ia aumentando cada vez mais; Moisés falava, e Deus lhe respondia no trovão” (Êxodo 19.16-19 ARA).
Com Moisés na sarça, Deus sinaliza para que Ele trouxesse o povo para adorá-lO. Só podemos levar alguém onde já fomos. Moisés levaria outros porque Ele adorava a Deus.
Na Páscoa, vemos a libertação. O alvo final, o monte, e ter uma experiência com Deus na adoração. Na Nova Aliança, Jesus traz todos os filhos para o lugar da presença. Aquilo que Moisés viveu foi apenas uma sombra.
Nós não fomos libertos para ficar sem uma vida de adoração! Não limite a sua vida de adoração apenas aos cultos da igreja, nem ao quesito musical. Derrame seu coração para Ele. Não é a música ou a afinação. Não é obrigatório ter música. Mas a adoração! É muito mais que só voz bonita. Embora Deus tenha criado o elemento da música, e esse elemento para servir na adoração.
Eu declaro que você não descobrirá só o adorador que existe em você. Mas também o músico. Vai cantar, fluir em melodias inspiradas. Você não é um expectador do culto, você é um adorador. E esse culto deve ser espírito, alma, corpo, voz, tudo envolvido. Deixa isso brotar do teu íntimo, se expresse, você não é uma tábua. Está dentro de você.
O que adianta você estar servindo na obra, mas não estar com o Senhor da obra? Porque assim eu perco a presença dEle. Pois tudo que formos fazer na horizontal deve ser fruto da vertical, do elo. É porque nossa vida está em Cristo, que virão os frutos. É o permanecer em Cristo e conectado com o Pai que faz você frutificar, você fluir. E Deus está com expectativa.
“Pois, tanto o que santifica como os que são santificados, todos vêm de um só. Por isso, é que ele não se envergonha de lhes chamar irmãos, dizendo: A meus irmãos declararei o teu nome, cantar-te-ei louvores no meio da congregação” (Hebreus 2.11-12 ARA).
Em Cristo, há um poder transformador para santificar. Para conectar ao Pai. Tem momentos que Jesus está no trono à destra de Deus, mas tem momentos que Ele canta louvores ao Pai com a congregação.
Ele merece todo o fervor da sua adoração. Você foi arrancado das mãos de satanás para serví-lO, engradencê-lO. Não fique pensando em reputação, Ele é digno. Sem Ele você está perdido. Não proteja a sua reputação.
*Trechos da mensagem do dia 09 de abril de 2023, no Culto de Celebração.