Manter-se focado no que a Palavra e o Espírito orientam (porque não trabalham de forma dissociada) nos proporcionará ver como ninguém vê a ação de Deus a nosso favor. O Salmo 20.7 diz:
“Alguns confiam em carros e outros em cavalos, mas nós confiamos no nome do Senhor nosso Deus”. (NVI)
Não é no poderio do que vemos que nos garantimos ou nos afligimos. Carros e cavalos representam força, representam demonstração bélica para quem só conta com o visível.
Perceba, Gideão não pôde contar com muita gente (Juízes 7:2, NVI), quem derrotou Golias foi um rapaz de gentil aspecto (1 Samuel 17:42, ACF), 5 pães e 2 peixes alimentaram mais 5 mil pessoas (Mateus 14:21, NVI). Aparentemente esses casos apontam para uma possível impossibilidade de êxito, mas quando cremos no poder da Palavra e orientação do Espírito, não importa uma evidente desvantagem, a convicção de vitória não está em nossas forças, mas na certeza de sabermos o que a Palavra diz a nosso respeito. Pela Palavra sabemos quem somos, o que podemos e o que temos.
Nosso arsenal é diferente, as armas de nossa milícia não são visíveis, mas poderosas em Deus para destruir fortalezas. Podemos lidar com adversidades diferentemente de outras pessoas, podemos ter uma percepção diversa vendo como ninguém vê. Então não importa o tamanho da oposição, se sutil como uma figueira ou basto feito um monte, nós nos sobrepomos a essas coisas declarando a Palavra (Mateus 21:19-22, NVI)
Jesus respondeu: “Eu asseguro que, se vocês tiverem fé e não duvidarem, poderão fazer não somente o que foi feito à figueira, mas também dizer a este monte: ‘Levante-se e atire-se no mar’, e assim será feito. E tudo o que pedirem em oração, se crerem, vocês receberão”
A nossa segurança não está em uma previsibilidade positiva
Nós não creremos apenas nas situações favoráveis, mas qualquer que seja a situação, seguimos a instrução dada a Jairo por Jesus em Marcos 5.36 (NVI) que é de tão somente crer, ou seja, crer mais intensamente, mesmo que diante de nossos olhos exista um quadro irreversível.
Quando agimos em concordância com o que Palavra e o Espírito afirmam, não serão tribulações que determinarão a maneira como creremos, não é o que vemos, mas como vemos. Em toda e qualquer situação, precisamos entender que pela Palavra, o invisível se sobrepõe ao visível. Hebreus 11.3 afirma que:
“Pela fé entendemos que o universo foi formado pela palavra de Deus, de modo que o que se vê não foi feito do que é visível.” (NVI)
É nessa condição de invisibilidade em que a expectativa se volta apenas para Deus. Nossa fé não é ativada por meio do que vemos, afinal, como afirmado em Hebreus 11:1 NVI, ela é a prova do que não vemos.
A maneira por que cremos não está baseada em uma visão natural que é o padrão desse mundo, dessa forma e como crentes que somos, uma imagem não valerá mais que mil palavras. Em João 20:29, há um alerta do Senhor quanto à espera por um sinal visível.
“Então Jesus lhe disse: “Porque me viu, você creu? Felizes os que não viram e creram”. (NVI).
Visão de longo alcance
Ver para crer não é o método estabelecido para nós (2 coríntios 5.7 NVI), o sobrenatural só se manifesta para quem decide ter visão além do alcance, tem que estar e ser fora do padrão, assim como o centurião citado em Mateus 8:10:
“Ao ouvir isso, Jesus admirou-se e disse aos que o seguiam: “Digo-lhes a verdade: Não encontrei em Israel ninguém com tamanha fé”. (NVI)
Ainda sim, existem aqueles que enxergam apenas de maneira formal. Suas forças e ânimo estão baseadas na realidade como ela se apresenta, aquilo que é visível, óbvio, lógico e possível é o que dita as regras para elas, porque evitam correr riscos inerentes a fé, mas a fé não é um risco que se corre, mas a certeza do que ocorre.
Em Cristo há uma nova realidade, a realidade da Palavra, Ele próprio é a Palavra, portanto, por Ele nós viveremos, nos moveremos e existiremos. Amém!
Texto: Billy Barros (ministro Verbo da Vida Boa Vista RR)