
Vice-presidente da Igreja Verbo da Vida Sede
A graça de Deus chegou até nós porque Jesus morreu na cruz, Ele nos deu o seu sangue. Foi um grande sacrifício. Ele foi exprimido no Getsêmani. E, entre a exaltação de Cristo e o momento em que Ele estava na cruz do Calvário, a Bíblia narra que Ele passou pela via dolorosa. Nesta noite, quero conversar com você sobre as verdades da Palavra acerca da aliança eterna que Ele estabeleceu. A Bíblia fala de um Cordeiro eterno.
Você pode dizer: “Ele morreu por mim”. Ah, irmãos, isso revela a grandiosidade do amor de Deus por nossas vidas. Eu cultivo em meu coração a Palavra que fala sobre as alianças. A aliança feita em Cristo é algo que Deus estabeleceu com a humanidade antes mesmo da fundação do mundo. O Cordeiro de Deus faz parte de Seu plano eterno. Não foram homens que O ofereceram, mas o próprio Deus.
Quero que você siga comigo e abra a Bíblia em Efésios 2:11-1. Este é um grande livro, o livro das alianças de Deus com os homens. Houve um tempo em que eu e você estávamos afastados no que diz respeito às alianças, mas o plano de Deus se cumpriria com a morte de Jesus, para que, em mim e em você, se realizasse o Seu propósito. O desejo de Deus era entregar o Cordeiro à morte, para nos reconciliar com Ele.
Aprofunde-se em Deus
Ele te chamou para que você O conhecesse. Em Lucas 1:67, Zacarias declara que seríamos libertos para adorar a Deus todos os dias. Você não foi liberto para viver uma vidinha de erro aqui e ali, mas para ser transformado pelo Espírito do Senhor. Há um processo acontecendo, um processo de aprofundamento em Deus.
A partir do verso 14 do capítulo II de Efésios, lemos sobre a cruz, o sacrifício, o sangue de Jesus que trouxe paz, e no verso 16, sobre a reconciliação. A verdade não passará. As coisas reveladas nas Escrituras permanecerão. Cantamos aqui que o véu foi rasgado. Deus te desejou em Sua presença. O que aconteceu no dia da queda de Adão, quando Deus colocou querubins para guardar o caminho da árvore da vida, hoje é como se Deus tivesse retirado esse anjo. Ele está dizendo que quer você em comunhão íntima com Ele.
É isso que os anjos cantaram no nascimento de Jesus: “Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens a quem Ele quer bem.” Deus te quer tão bem que enviou o Seu Filho.
Foi pelo sangue!
Em I Pedro 1:19-20, lemos que, antes mesmo de criar a Terra, antes da fundação do mundo, Deus fez um compromisso consigo mesmo: “Eu enviarei o Meu Filho”. Esse plano não surgiu com a queda de Adão, mas se manifestou 4.000 anos depois. Paulo interpreta que Ele veio na plenitude dos tempos, no tempo exato, para que, na cruz, Seu sangue fosse derramado e levado ao trono do Pai, havendo purificação dos pecados. Cristo se sacrificou de uma vez por todas. Não é necessário outro sangue. Está consumado. Pedro testemunhou Cristo naquela cruz. Ele O viu caminhando na via dolorosa: precioso sangue, sem defeito e sem mácula. Diga comigo: foi pelo sangue!
Um animal foi sacrificado no jardim apontando para Cristo. Vemos sacrifícios com os patriarcas, vemos o sangue atravessando todas as alianças, porque Deus criou o caminho para a restauração por meio do sangue de Seu Filho.
Irmãos, Ele veio como o Cordeiro perfeito. Não havia pecado n’Ele. No dia da Páscoa, o cordeiro deveria ser sem defeito. E o que isso nos diz sobre a Nova Aliança? Eu preciso me alimentar de Cristo, da Sua Palavra. Minha vida deve estar coberta pela vida de Deus. O sangue foi aspergido sobre nós, o sangue da aspersão da vida de Cristo. Se pudéssemos ver espiritualmente, veríamos o sangue sobre nossas vidas.
O substituto perfeito
Em Salmos 89:34 está escrito: “Não violarei a minha aliança, nem modificarei o que os meus lábios proferiram.” Ele prometeu o Cordeiro antes da fundação do mundo. Há um momento muito singular na Antiga Aliança, quando Deus pede a Abraão o seu filho. Muitos dizem que Abraão não queria entregá-lo, mas a verdade é que ele prontamente o ofereceu. Ele compreendia o que precisava fazer. E, quando vai sacrificar Isaque, seu filho pergunta: “Onde está o sacrifício?” E o patriarca responde: “O Senhor proverá.” Abraão já estava pronto para sacrificar o filho, mas uma voz brada: “Não, Abraão, não faças isso.” E ele vê um carneiro ao lado.
Em João 8, vemos Jesus em discussão com os religiosos. Abraão sobe o monte para sacrificar seu filho, e aparece a provisão. Jesus diz: “Abraão viu o meu dia e se alegrou.” A Bíblia afirma que Abraão era profeta. Ele viu o sacrifício de Cristo naquele dia. Jesus não foi poupado. Foi o nosso substituto.
Sabemos de cor o que está em João 3:16. Enquanto Deus criou algo para substituir Isaque, Abraão acreditava que Deus poderia ressuscitá-lo, porque Ele é o Deus da ressurreição. Acredite ou não, Cristo ressuscitou, e um dia todos os mortos ressuscitarão. O corpo retornará, pois, se foi nele que se pecou, será nele que se prestará contas a Deus.
Sua vida estará firmada
Deus poupou Isaque, mas não poupou o Seu próprio Filho. Há um texto na Bíblia que fala profeticamente da Santa Ceia. Em Ezequiel 39:17-21, o profeta tem uma visão: Deus faria um grande sacrifício nos montes de Israel. E sabe qual monte foi esse? O Monte Caveira, onde não é mais Abraão levando seu filho, mas o próprio Deus levando o Seu Filho na plenitude dos tempos.
Cerca de 300.000 pessoas estavam em Jerusalém na época da Páscoa. Eram muitos animais, muito sangue. Mas o próprio Deus estava prestes a sacrificar Seu Filho. E, de forma simbólica, na Santa Ceia estamos em aliança com Ele. Quem não beber do Seu sangue e não comer da Sua carne, não tem parte com Ele.
Ao estudarmos a aliança, somos chamados a ser homens e mulheres de aliança. Somos transformados de glória em glória. Vamos experimentar o que diz o Salmo 1: não importa a tempestade, sua vida estará firmada. Deus está nos levando a um novo nível de intimidade. Será notório que vivemos em Deus e que Ele vive em nós. Nossa vida falará tão alto que atrairá pessoas a Deus. Eu declaro que seus familiares se achegarão a Deus. Independentemente do que acontecer ao seu redor, você estará tão firme em Deus que verá a fidelidade d’Ele diante dos seus olhos.
A adoração não é opcional
“Eu honro os que me honram.” Há quem se achegue a Deus apenas por motivos pequenos, sem buscar intimidade. Saia desse nível. Você me ama porque sou seu Pai, seu Deus, ou apenas porque eu te abençoo? Irmãos, provem a Deus que O amam por quem Ele é, não apenas pelo que Ele faz. Eu declaro dias de constância, mesmo quando nada estiver acontecendo.
Veja o que dizem os Salmos 81:1-8. Irmãos, a adoração não é opcional, é preceito e regra. Jesus anunciou que o Pai procura adoradores. Mas, muitas vezes, encontra filhos ingratos, que só murmuram e reclamam. Nosso faraó era o diabo, e éramos escravos do pecado. Não quero ouvir um lamento de Deus sobre minha vida nos dias da Nova Aliança, com promessas maiores e melhores. O trigo é a Palavra, e o mel é a unção, isso te sustentará.
A Bíblia diz: “Não te estribes no teu próprio entendimento.” Irmãos, o crente se apoia no trono de Deus e você verá milagres diante dos seus olhos. Eu declaro que não viveremos em penumbra, entre luz e trevas. Eu declaro uma geração como Daniel, que não se prostra diante da Babilônia. Deus diz: “Eu comprei você para andar na minha presença.”
*Trechos da mensagem do dia 20 de abril de 2025, no Culto de Celebração.