por Douglas Ferraz
*diretor do Rhema Campina Grande Sede
Quando falamos sobre cearmos, sobre a memória do que Cristo fez, precisamos compreender que Ele não veio passar férias aqui na terra. Ele veio morrer. Mas ressuscitou.
“Àquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus“ (2 Coríntios 5.21).
Hoje a nossa posição é que somos filhos de Deus. Não somos apenas servos, apenas amigos. Somos filhos. A expectativa de Deus, em criar céus, lua, sol animais era para corresponder àquilo que já estava do homem Adão. No entanto, por mais gloriosa que a criação seja, ela não é espiritual. Nós somos espirituais.
“E Deus os abençoou, e Deus lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra” (Gênesis 1.28).
Deus nunca teve propósito para que o homem vivesse debaixo de maldição. Nunca foi a vontade de Deus que o homem vivesse miséria ou fracasso. Deus nos criou para sermos supridos em todas as coisas. Ele não nos criou para o fracasso, para a miséria. Ele nos criou para o sucesso!
“E disse-lhe o diabo: Dar-te-ei a ti todo este poder e a sua glória; porque a mim me foi entregue, e dou-o a quem quero” (Lucas 4.6).
O homem, quando peca, entrega para Satanás o domínio e a autoridade que tinha recebido de Deus. O homem sem Deus é uma desgraça, mas ele debaixo de Jesus Cristo tem graça.
“Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Romanos 3.23).
Deus nunca vai agir de forma ilegal.
Quando o homem peca, ele entrega a Satanás tudo o que tinha recebido de Deus. No entanto, por mais que ele desejasse voltar para à posição anterior, não tinha condições em si para isso acontecer. Não seria justo Deus pegar da mão do diabo e entregar de volta ao homem. Um homem entregou a Satanás e um Homem precisava reaver.
“E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade“ (João 1.14).
A parábola do filho pródigo diz que o pai avistou o filho no caminho, mas ele já estava com tudo preparado para recebê-lo de volta. Quando Deus pensou em comprar a humanidade de volta, Jesus disse: “Eu pago o preço”.
“Porque ele não é homem, como eu, a quem eu responda, vindo juntamente a juízo. Não há entre nós árbitro que ponha a mão sobre nós ambos” (Jó 9.32-33).
Na época de Jó, existia “juízes de paz” que proporcionavam acordo entre os homens. Mas não havia ninguém que pudesse fazer um acordo entre Deus e a humanidade.
“Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz“ (Filipenses 2.6-8)
A Palavra se fez carne. Jesus era Deus, mas também era homem, reconhecido em figura humana para trazer de volta aquilo que o homem perdeu. Jesus foi capaz de proporcionar a condição de volta para o homem porque Ele nunca pecou.
“Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor, no qual temos a redenção, a remissão dos pecado” (Colossenses 1.13-14).
Essa passagem não está dizendo que Deus vai nos livrar. Está dizendo que Ele já nos libertou. A Bíblia diz que nós não somos filhos das trevas, mas diz que somos filhos da Luz. A passagem de Colossenses diz que Deus nos transportou do reino das trevas para o reino da luz. Transportar significa tirar de um lugar e colocar em outro lugar. Fomos tirados do reino do diabo e colocados no reino de Deus.
“Quando, porém, veio Cristo como sumo sacerdote dos bens já realizados, mediante o maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, quer dizer, não desta criação, não por meio de sangue de bodes e de bezerros, mas pelo seu próprio sangue, entrou no Santo dos Santos, uma vez por todas, tendo obtido eterna redenção” (Hebreus 9.11-12).
Jesus morre na cruz do calvário e assume a nossa condição de pecador, a nossa condição de miséria, a nossa condição de pecado. Por isso que o seu sangue nos torna filhos de Deus.
É impossível ser pecador justificado, ou você está no reino das trevas ou está no reino da luz.
Você não é pecador. Você não é miserável. Não há mais condenação pra você.
Quando olhamos para um filho de um rei, o que concluímos que ele é? Ele é príncipe. O que dá o direito dele ser príncipe? O seu nascimento. O novo nascimento nos dá a condição de sermos filhos de Deus.
“E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas” (2 Coríntios 5.17).
Redenção significa pagar o preço do resgate, resgatar alguém da escravidão. Hoje não comemos o pão que o diabo amassou, mas comemos o pão que amassou o diabo. Antes de Jesus vir, é como se o nosso nome estivesse no “Serasa espiritual”.
Quando Jesus assume a nossa condição de pecador, ele se identifica com a nossa condição de miséria, Ele assume a nossa dívida, paga a nossa dívida e nos dá o seu crédito! Não devemos mais nada! Hoje nós temos crédito!
“…vindo, porém, a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para resgatar os que estavam sob a lei, a fim de que recebêssemos a adoção de filhos. E, porque vós sois filhos, enviou Deus ao nosso coração o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai! De sorte que já não és escravo, porém filho; e, sendo filho, também herdeiro por Deus” (Gálatas 4.4-7).
Diga: Eu sou filho! O Pai está como aquele pai do filho pródigo. Independentemente do que o filho fez, ele está com a capa, com o anel esperando para receber o filho. O pecado nos distancia de Deus, da conexão com o Senhor, mas Jesus restaurou a nossa comunhão. A paz foi estabelecida. O sangue nos lavou, nos perdoou, nos deu uma nova oportunidade de recomeçar a nossa vida.
Quando uma pessoa está presa na cadeia e recebe a liberdade ela não sai de cabeça baixa. Quando ela está livre, ela sai celebrando, se regozijando, gritando eu sou livre!
Nós somos livres! Seja bem-vindo à família de Deus!
Fomos perdoados, somos redimidos. Fomos transportados do império das trevas.
*Trechos da mensagem do dia 06 de novembro de 2022, na Escola Dominical.