O autor de Hebreus fala sobre a importância de aceitar a correção de forma diligente, para que isso não crie raízes de amargura e perturbe a pessoa. A Palavra fala sobre o novo homem, que foi renovado pela Palavra e teve sua mente transformada. Esse homem é íntegro porque foi regenerado.
“Atentando diligentemente, para que ninguém seja faltoso, separando-se da graça de Deus; nem haja alguma raiz de amargura que, brotando, vos perturbe, e, por meio dela, muitos sejam contaminados” (Hebreus 12.15).
Precisamos nos transformar pela renovação da mente e essa renovação é nossa responsabilidade. À medida que não renovamos nossa mente constantemente, começamos a cair em ciladas mentais, muitas vezes por falta de perdão, amargura ou rancor que geramos em nosso coração. Se você deseja ser próspero de alma, precisa se livrar da amargura e do rancor. Para isso, é necessário aprender a governar suas emoções.
Governe suas emoções
Como lemos em Hebreus 12.15, o escritor fala sobre diligência, e essa palavra está diretamente ligada à falta de perdão. Não podemos permitir que a amargura crie raízes em nosso interior, em nossas emoções.
“Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento” (Filipenses 4.8).
Qual tipo de pensamento deve nos governar? Não podemos culpar ninguém pelo que desenvolvemos dentro de nós. Você pode até dizer: “Mas você não sabe o que fulano fez para mim; eu tenho motivos para estar assim, eu tenho razão para estar chateado com essa pessoa.” Mas, a partir do momento em que você desenvolve esse tipo de pensamento, está criando ciladas em sua própria mente.
Precisamos considerar as consequências que uma raiz de amargura pode provocar.
Consequências da amargura
A amargura é algo azedo e amargo. Isso se reflete não apenas na vida da pessoa, mas também no seu relacionamento com os outros. Essa raiz pode afetar não só a pessoa em si, mas tudo ao seu redor.
“Ou fazei a árvore boa e o seu fruto bom, ou a árvore má e o seu fruto mau; porque pelo fruto se conhece a árvore. Raça de víboras, como podeis falar coisas boas, sendo maus? Porque a boca fala do que está cheio o coração” (Mateus 12.33-34).
Ou seja, pelo fruto se conhece a árvore. A partir do momento em que deixamos que essa raiz de amargura cresça, permitimos que ela produza frutos. Esses frutos serão perturbação, rancor, angústia e um vazio inexplicável dentro de nós. O estado mental de uma pessoa é revelado pela forma como ela fala e age. Uma raiz de amargura pode até refletir em seu próprio corpo, através de doenças.
Se não assumirmos o lugar de bispo, de autoridade sobre nossa vida e nossas emoções, a autopiedade assumirá esse lugar e ficaremos presos em pensamentos negativos.
“Portanto, se fostes ressuscitados juntamente com Cristo, buscai as coisas lá do alto, onde Cristo vive, assentado à direita de Deus” (Colossenses 3.1).
“Ora, como recebestes Cristo Jesus, o Senhor, assim andai nele, nele radicados, e edificados, e confirmados na fé, tal como fostes instruídos, crescendo em ações de graças” (Colossenses 2.6).
Crie raízes n’Ele
Paulo está dizendo que, além de aceitar Cristo e andar com Ele, devemos criar nossas raízes n’Ele também.
Uma raiz de amargura pode nos contaminar. A partir do momento em que alimentamos uma raiz de amargura, ela começa a manchar nossa vida. Quando a pessoa pensa demais na ofensa que recebeu, começa a transmitir essa raiz para os outros. Uma raiz de amargura pode não só trazer perturbação à sua vida, mas também à vida de outras pessoas.
Só é possível se livrar da raiz de amargura através do perdão. A consequência da minha e da sua dívida seria a escravidão, mas o Senhor pagou uma dívida que era impagável.
Se Deus nos perdoou de uma dívida impagável, devemos perdoar uns aos outros. O perdão não está baseado nas emoções; perdoar é uma decisão que fala muito mais sobre nós do que sobre os outros. Pela fé, eu vou perdoar, porque o Senhor me perdoou. Decisão!
Perdão é uma decisão
Minha mãe engravidou de mim aos 19 anos e, na época, minha família, tanto por parte do meu pai quanto ele e meus avós, não quiseram me assumir. Meu pai estava noivo de outra mulher na época, e eles não me quiseram. Graças a Deus, minha mãe sempre assumiu o papel de mãe e pai. Eu cresci sem conhecer e sem ter contato com a família do meu pai. Quando somos muito novos, não entendemos, mas, à medida que crescemos, começamos a compreender. Lembro-me de que, na escola, quando chegava o Dia dos Pais, isso me incomodava muito. Quando conheci o Senhor, uma das primeiras orações que fiz foi: “Senhor, me dê a oportunidade de conhecer minha família por parte de pai.”
Passei alguns anos orando sobre isso. Lembro-me de que um dia, minha mãe, que tem uma loja de roupas, foi visitada pela irmã da minha madrinha. Ela disse à minha mãe: “Sandra, você sabia que o Thiago tem dois irmãos, um irmão e uma irmã?” Então, mostrou uma foto para minha mãe. Minha mãe veio me mostrar e disse: “Thiago, promete que você não vai fazer nada, nem mandar mensagem. Você quer ver seus irmãos?” Ela me mostrou e eu disse: “Mãe, eu quero conhecê-los, quero procurá-los.”
Aproveite as oportunidades
Tive a oportunidade de conhecê-los. Minha avó me abraçou e disse: “Eu nunca esqueci de você.” E eu respondi: “Eu não quero saber do que passou, estou aqui para reconquistar e aproveitar o tempo que temos.” Eu nunca permiti que a amargura criasse raízes dentro de mim.
Esta vida é passageira e não levaremos nada daqui. Vale a pena ficar mal com os outros? Não precisamos levar essa amargura conosco. Que a decisão de perdoar tome conta de nós. A Palavra do Senhor é rica e poderosa e nos capacita a gerar esse perdão.
Gostaria de indicar o livro “Como Superar Isto”. O Senhor já falou muito comigo através dele, principalmente sobre como lidar com algumas situações que ocorrem na minha vida.
*Trechos da mensagem do dia 08 de setembro de 2024, no Culto de Celebração.