por Teo Hayashi (São Paulo-SP)
*Fundador do Dunamis Movement e pastor da Zion Church
Quando Deus lhe faz uma pergunta, não é porque Ele está ignorante sobre isso, mas Ele deseja posicioná-lo. O Senhor me falou: se você deseja ver um avivamento que culmina numa reforma social, alguma coisa tem que ser feita dentro das universidades.
Eu me desviei dos caminhos do Senhor no período da faculdade. Em meio a uma boate, Deus falou fortemente comigo e eu voltei para Ele. O Senhor me disse: você se “desviou na universidade, mas você voltou para mim também na universidade”. O que quero que você saiba é que os anos de faculdade são extremamente formativos num jovem. Em um outro momento com o Senhor, Ele me questiona: “Quantas universidades você tem o Dunamis representado lá dentro?”. Se os estudantes tivessem um encontro com Espírito dentro dos anos de faculdade, poderíamos ver uma mudança na vida deles. Esse é o coração do Dunamis!
Nos Evangelhos, vemos Jesus tendo, basicamente 4 atitudes: ensinar (Ele era um mestre, um rabi), pregar (quando você ensina, você explica algo, quando você prega, você pronuncia algo), curar e expulsar demônios. Se entendermos a mensagem de Jesus, temos Jesus.
Jesus não trouxe o Evangelho da salvação, nem do perdão, tampouco o Evangelho da graça. Não quero dizer que ele não oferecia essas coisas, mas o Evangelho de Jesus era muito específico: “Eu estou trazendo o Evangelho de Deus”. E dentro do Reino de Deus você encontra salvação, perdão e graça. Existe hoje uma necessidade de pregarmos esse Evangelho que Jesus pregou, pois o inimigo quer que foquemos em um Evangelho parcial.
“Depois de João ter sido preso, foi Jesus para a Galileia, pregando o evangelho de Deus, dizendo: O tempo está cumprido, e o reino de Deus está próximo; arrependei-vos e crede no evangelho” (Marcos 1.14-15).
Os quatro pilares do Evangelho do Reino de Deus:
1 – Eu sou o Messias. O tempo está cumprido. Para uma coisa ser cumprida, ela precisa ser antes prometida. Na mente dos judeus, era algo como: “você quer dizer que você, o carpinteiro, é o cumprimento da promessa que eu passei minha vida inteira estudando? Você está dizendo que é o Messias? Se você o é, então também é o Rei dos judeus, e se você é Rei, precisa de um reino”. Aquela já era em si uma afirmação messiânica para o judeu.
2 – O Reino está aqui. Eu trouxe o Reino;
3 – Arrependei-vos. Se você não enxerga esse Reino, arrependa-se;
4 – Creia! Acredite no Evangelho.
É importante que a gente entenda que o reino de Deus tem a ver com Jesus inaugurando algo aqui, quando Ele vem nesta terra. Quando converso com evangélicos no Brasil, para eles a minha pergunta sempre é: “qual é a linha de chegada?”. Qual a sua meta seguindo cristo? Afinal, para termos sucesso em qualquer empreitada, precisamos ter um fim em mente. Qual o fim? Mateus 28.19 diz: “O fim de ver pessoas e nações se tornando discípulos”. O fim é as nações sendo discipuladas! “Mas isso é possível”, alguém pode perguntar. Se não fosse possível, Ele não pediria para nós. Se esse é o fim, a maneira que vivo meu cristianismo tem que me levar para esse fim.
Gênesis 1.28 fala sobre o mandato cultural. Percebemos aqui que o plano de Deus era para que Adão começasse cuidando do jardim do Éden ,mas que não ficasse só nisso. Como se o Senhor disse: vai começar pelo jardim , mas eu quero que isso venha a crescer e expandir, até que o Éden preenchesse toda a terra, e isso não aconteceria num passe de mágica. Isso aconteceria por meio do trabalho. Trabalho para Deus era adoração. Quando você multiplica, você está adorando. Pregue através do seu trabalho! Se não enxergarmos dessa maneira, nunca discipulamos nações.
As pessoas estão vivendo apenas o Evangelho da salvação. Se você só apresenta esse Evangelho, as pessoas virão para Jesus, mas depois acontece o quê? Ela se tranca nas “quatro paredes” da igreja, e começa a orar “Maranata, maranata!”. Mas se Jesus voltar hoje, o que essas pessoas irão apresentar diante d’Ele? Nada! Só ficaram presas numa “bolha evangélica”. Mas o Evangelho do Reino contempla mais que as “quatro paredes” da igreja.
O primeiro Adão “deixou a peteca cair”, mas Jesus — o segundo Adão — vem para continuar o que o primeiro interrompeu. O plano original de Deus era: do jardim para uma cidade! Do Éden a Nova Jerusalém.
Estamos confundindo nossa missão com nosso destino. O nosso destino é o céu, mas a nossa missão não é chegar lá. Nossa missão é trazer o céu para a terra. Este é o processo para discipular uma nação: trazer o céu para sua família, para sua faculdade , na academia, no trabalho, na padaria. Esse sempre foi o desejo do coração de Jesus quando declarava “que seja feita a Tua vontade”.
*Trechos da mensagem do dia 02 de setembro de 2022, no Avivamento e Milagres