Cantor e pastor auxiliar do Verbo da Vida em Taubaté (SP)
Desde pequeno, meu pai percebeu uma habilidade em mim para a música e, desde então, sempre fui envolvido com música na igreja. Mas louvor e adoração é muito mais que música. É uma vida idealizada por Deus, que precisa e deve ser externada pelos Seus filhos que têm comunhão legal com Ele.
Todo aquele que é filho de Deus tem comunhão legal com Deus através de Cristo. Quando expressamos esta nova essência que recebemos de Deus, expressamos o que Ele projetou para nós antes mesmo de existirmos.
“Assim como nos escolheu, nele, antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor” (Efésios 1.4).
Quando nós vivemos esta vida de adoração, manifestamos a quem pertencemos, mostramos nosso DNA. Pertencemos a Jesus Cristo.
O Espírito Santo está dentro de nós nos ajudando a fazermos isso, nos ajudando e nos ensinando a agradar a Deus. Nós temos recursos poderosos que estão disponíveis para agradarmos a Deus. A Palavra é um desses recursos. Paulo diz, Colossenses 3.16, que a Palavra deve habitar ricamente em nós. A segunda ferramenta é o Espírito.
Deus nos dotou de uma capacidade para nós respondermos favoravelmente a Ele como nosso Senhor e Salvador.
“Acautelai-vos dos cães! Acautelai-vos dos maus obreiros! Acautelai-vos da falsa circuncisão! Porque nós é que somos a circuncisão, nós que adoramos a Deus no Espírito, e nos gloriamos em Cristo Jesus, e não confiamos na carne” (Filipenses 3.2-3).
Esse texto nos fala que nós é que somos a circuncisão, não mais um ritual. Mas somos separados para o Senhor. Estamos em Cristo, estamos no Filho. Nele vivemos, nos movemos e existimos. Não estamos na sombra, mas na realidade. Assim devemos manifestar a Deus. Estamos misturados com Ele através da pessoa do Espírito Santo em nós, porque como nos diz a Palavra: “Aquele que se une ao Senhor é um só Espírito com Ele”.
Nós estamos misturados com Ele. Isto é uma realidade espiritual. Não é uma marca feita no físico do homem. Nós recebemos uma marca espiritual. A marca do Velho Testamento era uma sombra, apontava para o que nós recebemos no espírito. Nós é que somos a circuncisão verdadeira. Nós que verdadeiramente adoramos, de dentro para fora. Não baseados nos sentimentos, pois vivemos uma vida de fé.
Não tem como vivermos uma vida genuína de adoração se não for pela fé.
Se não andarmos em fé e nos baseamos fora, no natural, e não para dentro, isso ficará abafado. Mas se focarmos no nosso interior, dentro de nós, iremos manifestar o DNA d’Ele. Vivemos hoje o que os profetas da Antiga Aliança apontaram. Não estamos esperando se cumprir. Nós já estamos dentro disso, vivendo.
“O Senhor, teu Deus, circuncidará o teu coração e o coração de tua descendência, para amares o Senhor, teu Deus, de todo o coração e de toda a tua alma, para que vivas” (Deuteronômio 30.6).
Por que recebemos essa marca interna? Para amá-lO. Para adorá-lO. Adorar a Deus deve ser nossa prioridade. Não podemos focar em resultados ou benefícios, pois Deus quer que você O adore independentemente do ter. Deus quer que você O adore porque você é um adorador. Ele quer que você O adore, apegado a Ele e não às coisas naturais.
Ah, se seguirmos a inspiração que opera dentro de nós! Viveremos as bênçãos esbarrando em nós antes mesmo de pedirmos.
Quando você foca em adorar a Deus, o que você precisa se manifesta.
Nossos olhos não devem estar focados nas mãos do Senhor, embora seja lícito, mas devem estar focados no coração do Senhor.
Quando você se acostumar a esse ambiente de louvor e adoração, você vai perceber coisas o alcançando. Necessidades sendo supridas.
A chave não está em muito clamar, na força do seu braço. O segredo está na atitude de sujeição, de rendição. Quando você manifesta quem é, isso vai trazer consigo o que você tem. Não tem como separar uma coisa da outra. Você expressa quem você é: um verdadeiro adorador. O nosso Pai ama cuidar dos Seus filhos.
“E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas” (II Coríntios 5.17).
Jesus Cristo era o maior adorador que já existiu e, para Ele, era fácil desfrutar dos cuidados do Pai. Ele era suprido, guardado, mantido. Não vivia preocupado. Seu coração estava em adorar a Deus, por isso Ele desfrutava das manifestações dos cuidados divinos na sua vida.
Deus plantou o adorador Jesus para colher muitos adoradores, que o adorariam em espírito e em verdade. Isso quer dizer que, na adoração genuína, você provará de milagres, de intervenções divinas, dos cuidados do Pai.
Louvor e adoração é uma vida, uma decisão. Quando você decide adorá-lO, Ele manifesta galardão. Porque Deus é galardoador.
*Trechos da ministração do dia 23 de abril de 2023, no Culto de Celebração.