A cantora Gabi Sampaio esteve em nossa Conferência de Música e Mídia 2023 como preletora. Ela é de Brasília (DF) e mora em Belo Horizonte (MG). É esposa de Pedro Martins e mãe do pequeno Theo. Suas músicas estão entre as mais ouvidas na atualidade e ela se tornou referência para ministros de música em todo o Brasil. Gabi tem cursado o 2º ano do Centro de Treinamento Bíblico Rhema em BH, junto ao seu marido, e esta tem sido uma estação de crescimento na Palavra da Fé!
A noite em que a cantora esteve em nossa Conferência registrou um tempo de muita música e ainda um simpósio sobre o tema do evento para os participantes. A equipe do site da nossa Igreja teve uma conversa exclusiva com Gabi e ela ainda deixou dicas em vídeo para os ministros de música que estão iniciando o chamado. Confira tudo a seguir:
VERBO SEDE: Foi uma honra para nós ter você como uma das atrações da Conferência de Música e Mídia. Como foi essa experiência para você?
“Eu amei! Sempre quis estar aqui. É aquela sensação de estar em casa, sensação de um povo que fala a mesma língua que você. Foi muito especial o dia que nós tivemos, em que pudemos conhecer a estrutura do Ministério e da igreja. Essa noite foi muito especial. É legal quando a gente está numa igreja em que o povo já sabe adorar. Flui com muita leveza e facilidade. Nosso simpósio, com o bate-papo, também foi muito gostoso. Foi tudo muito especial!”
VERBO SEDE: A canção Bom perfume tem muito a ver com a sua entrega de vida para o chamado de Deus. Cite algo que você “derramou aos pés” do Senhor para fazer a Sua vontade:
“A música Bom Perfume é realmente da minha entrega. Na verdade, são várias entregas. Primeiro, dos meus sonhos e projetos para minha vida e futuro. O sonho da minha vida era ser médica, mas fui entendendo que Deus tinha me chamado para algo integral no ministério. Eu tive que ter aquele momento de dizer: “Jesus, eu te entrego os meus sonhos.
Bom Perfume nasceu desse momento em que entendemos esse chamado e demos tudo o que tínhamos. Como dois recém-casados, não tínhamos muita coisa, mas demos carro, teclado, computadores… era o que a gente tinha de valor para fazer o ministério acontecer. Enquanto eu cantava essa música, estava dizendo para Deus: ‘Na alegria ou na dor, tendo muito ou pouco, vou te dar o meu melhor. Todas as vezes e todos os dias, nunca vou dar menos e vou sempre entregar tudo o que tenho’. Bom Perfume é a história da minha entrega.”
VERBO SEDE: Como conheceu o Rhema e no que a escola impactou seu ministério?
“Através de pessoas que já eram ex-alunos, professores da escola, pastores do Verbo da Vida, que fomos encontrando nessa vida itinerante nas igrejas que a gente ia. Nós percebíamos que essas pessoas eram diferentes.
Em 2021, a questão profética, a Palavra da Fé e a unção para curar foram aumentando no meu ministério. Percebi que precisava de linguagem e ferramentas para fazer tudo isso com intencionalidade. Do nada, numa quarta-feira, ouvi no meu coração: ‘Você tem que fazer o Rhema’. Entramos na escola e temos experimentado, na prática, a Palavra Rhema e a Palavra da Fé. O que ouço em uma aula, eu já pratico no final de semana, nas ministrações, e vejo o efeito poderoso!”
VERBO SEDE: Você foi uma das cantoras mais ouvidas durante a pandemia e continua sendo uma das mais ouvidas no Brasil. Já foi indicada ao Troféu Gerando Salvação, entre outros sinais de uma fama que percorre o país. Como você se sente diante desse sucesso? Foi Deus?
“Sabemos que essa vida da carreira musical exige muito dinheiro, muita estrutura e investimento. Eu não tinha nada, apenas o chamado e a vontade de fazer. Tinha também o meu marido, que é um realizador de coisas, assim como tínhamos a nossa igreja local. Fomos vendo Deus fazendo!
Nessa vida de YouTube, o negócio é impulsionamento, mas não tínhamos dinheiro para impulsionar. Ou Deus fazia, ou a música ficaria esquecida. Na pandemia, gravamos um projeto só para alimentar as plataformas, com ‘Vitorioso és’, ‘Meu respirar’, ‘Eu vou construir’ e sempre ouvimos das pessoas que alguma dessas canções foi a ‘música da pandemia’ delas. Acho que, talvez, porque as igrejas conseguem se relacionar muito com o meu som, porque o meu som é para a Igreja. Mas, literalmente, foi Jesus. A gente não tinha a condição humana para fazer a coisa acontecer e Jesus fez!”
VERBO SEDE: Qual é o processo criativo que você segue ao compor suas músicas?
“Eu componho muito com intencionalidade. Tenho várias frases nas minhas anotações, versículos, palavras e coisas que eu sinto que Deus quer que a Igreja cante. Vou tentando colocar isso em melodia, pegando aquilo que Deus quer que eu fale e vou transformando isso em música. Por exemplo, agora no pós-Rhema, já escrevi uma música sobre a questão da autorresponsabilidade de se encher do Espírito e manter a chama acessa. Fui tentando até conseguir causar isso através da canção e ela já está pronta!
Se eu quero falar sobre o poder do nome de Jesus, então eu componho dentro disso. Se quero falar sobre a consciência da presença, então escrevo sobre isso. Aí eu penso também: ‘Que tipo de música será?’. Vai ser mais do ‘fogo’ ou mais de adoração. Assim, mantenho a minha melodia mais centralizada e não vou ficar fazendo todas as melodias do mundo numa música só. Geralmente, eu chamo meu tecladista para ir lá em casa, ele vai tocando e eu vou criando os versos.”
VERBO SEDE: Você é uma inspiração e até tem cursos para ministros de música. Como surgiu essa direção para ensinar?
“Desde muito nova eu tinha a sensação de que fui chamada para ensinar aos ministros e trazer entendimento a eles. Desde pequena, eu falava que meu sonho era ter uma escola de música e adoração, mas achava que para fazer isso acontecer eu teria que estar em um nível muito grande, para ter uma estrutura de escola física – que ainda tenho esse sonho.
Em 2019, pela primeira vez, fizemos um encontro para ministros de música em Belo Horizonte, no qual falamos sobre o ministério de louvor, realizamos sessões sobre composição e foi incrível. Meu objetivo era continuar fazendo isso, mas veio a pandemia. Nesse tempo, os ministros de louvor do Brasil estavam em todo o tempo fazendo perguntas pelas redes sociais. Eu passava o dia ensinando e gravando dicas.
Em 2020, eu estava grávida e uma amiga falou que seria bom eu fazer um curso, que poderia ser uma mentoria no Telegram. Entrei no meu Instagram e falei que quem quisesse uma mentoria comigo mandasse uma mensagem. Fechei uma primeira turma de 200 pessoas. Eu ainda não tinha sequer as aulas. Eu criava o roteiro de aula pela manhã, batia papo com as pessoas durante o restante do dia e isso me dava a aula da noite. Meu filho estava para nascer e fizemos uma estrutura mais profissional. Gravei todas as aulas e fiz mais conteúdo. Hoje, temos mais de 2 mil alunos que fazem o curso on-line e os testemunhos são muitos!”
Gabi Sampaio deixou algumas dicas exclusivas para os ministros de música que estão começando sua carreira profissional na música cristã:
Uma resposta
Que entrevista fantástica! Fiquei impressionada com a fé e a excelência que Gabi Sampaio emprega em suas composições. A gente observa que há um conjunto operando em perfeita sintonia: a inspiração do Espírito, o estudo constante da Palavra e a intencionalidade! Uau! Muito bom ler tudo isso!